Muitas feministas hoje insistem que a pessoa tem que ser pró-aborto para ser pró-mulher.
Isso é altamente irônico, visto que muitas mulheres da primeira onda feminista eram absolutamente contra o aborto, e, de fato, muitas leis anti-aborto derrubadas por Roe vs Waade foram postas em prática pelas feministas pró-vida, no século XIX. Ao invés de ver o aborto como uma ferramenta de empoderamento feminino, viam o aborto como uma forma de opressão à mulher pelo homem.
Aqui estão alguns exemplos. Você conhece alguma dessas pessoas?
1) Elizabeth Cady Stanton (1815-1902) –
Considerada por muitas como fundadora do movimento pelos direitos das mulheres, e ela mesma foi mãe de 7 filhos, Elizabeth Stanton foi clara na sua posição sobre o aborto como forma de infanticídio, portanto, rejeitava isso totalmente.
Também culpou os homens pelo aborto, dizendo que isso era um sintoma de opressão à mulher, no lugar de ser empoderamento. Num artigo jornal, ela maldisse o “assassinato de crianças”, tanto antes como depois do nascimento, dizendo “nós acreditamos que a causa de todos esses abusos, se inicia na degradação da mulher.” Em outros lugares, escreveu: “Estamos vivendo hoje sob uma dinastia da força; o elemento masculino está em todos os lugares dominando o feminino, e esmagando as mulheres e crianças sob seus pés. Deixem a mulher afirmar-se, em toda sua pureza nativa, dignidade e força, e acabem com esse sofrimento, atacando e assassinando crianças indefesas.”
2) Susan B. Anthony (1820-1906) –
Como Stanton, Susan B. Anthony, via o aborto como uma consequência da opressão sofrida pelas mulheres, e não como uma ferramenta de empoderamento. Em seu famoso discurso de 1975, “Pureza Social”, denuncia o aborto ao lado do adultério, estupro, infanticídio, todos como exemplos dos sintomas dos maus tratos às mulheres pelos homens.
“Os processos nos nossos tribunais por quebra de promessas, divórcios, adultério, bigamia, sedução, e estupros, no jornal, são reportados todos os dias, o ano todo, escândalos e ultrajes, assassinatos de esposas, tiro em amantes, abortos, infanticídios, são lembretes da perpétua incapacidade dos homens em obter sucesso, ao lidar com os monstros maus da sociedade.”
Seu jornal se recusou a permitir vendas de anúncios de abortivos nas suas páginas. E uma vez publicou um artigo assinado anonimamente como “A”, onde disse:
“Não importa o motivo, o amor pela facilidade, o desejo de salvar o não nascido do sofrimento, a mulher é terrivelmente culpada pelos erros que comete. Ela vai sobrecarregar sua consciência na vida, vai sobrecarregar sua alma na morte, mas oh, três vezes culpado é aquele quem a levou ao desespero e ao crime!”
3) Mary Wollstonecraft (1759-1797) –
Romancista e filósofa (e mãe de Mary Shelley, autora de Frankenstein), Mary também via o aborto como uma consequência dos maus-tratos às mulheres.
E em seu romance não concluído, Mary conta a história de uma mulher que foi abusada e concebeu um filho do estupro. Quem a estuprou foi seu chefe, que a pressionou para que abortasse, quando ela inicialmente rejeitou a “poção infernal”. Somente depois de ser posta para fora de seus aposentos e jogada na rua, que ela toma a poção. “Com um desejo de poder destruir-me, ao mesmo tempo que eram interrompidas as sensações da vida do recém-nascido, o que eu senti com emoção indescritível.”
4) Sarah F. Norton (sec. XIX) –
Sarah F. Norton foi uma sufragista que pressionou com sucesso, juntamente com Susan B. Antony, para Universidade Cornell começar a admitir mulheres como estudantes. Elas também foram contra o aborto.
Em um artigo, ela descreve a tragédia – social e doméstica -”do infanticídio, bem como “o rápido crescimento do “fetocídio””, outra palavra para aborto. Ela também chamou, sem rodeios, de “assassinato de criança” e “carnificina infantil”, e disse que estava sonhando com o dia em que “o direito do nascituro de nascer, não será negado ou indeferido.”
O assassinato de crianças é fácil e um assunto corriqueiro até… Assassinos de crianças exercem sua profissão sem impedimentos, e açouges infantis são abertos inquestionavelmente, estabelecendo-se numa impunidade, que não é permitida nem aos matadores bovinos.
Placas de “profissionais” anunciando sua vontade de cometer esse tipo de crime, com atrevimento descarado, anunciando seus nomes e residências nos jornais diários. Ninguém parece estar chocado com o fato de que circulares são distribuídas transmitindo, recomendando algumas pílulas e poções para o mesmo fim. E nesse meio, os nomes desses assassinos de crianças, e os métodos pelos quais eles praticam seu comércio – destruindo a vida -, “tornam-se familiares em nossas bocas, como palavras de casa”… será que não há remédio para todo esse assassinato pré-natal de crianças?… Talvez chegará o dia em que uma mãe solteira não será desprezada por causa de sua maternidade.. e será quando o direito do nascituro de nascer não será negado ou indeferido.
5) Dr. Elizabeth Blackwell (1821-1910) –
Drª Elizabeth Blackwell foi a primeira mulher nos EUA a receber um diploma de medicina de uma escola médica americana. Ela também foi fortemente contra o aborto. Na verdade, foi, em parte, pelo fato de que o termo “médico de mulheres” passou a significar abortista, e isso a levou a se tornar uma médica de verdade. Depois de ler um artigo de uma aborteira “fêmea’’, ela escreveu em seu diário:
“A perversão bruta e a destruição da maternidade pela onda “abortista”, me encheu de indignação, e despertou o antagonismo ativo. Ter o honorável termo “médica de mulheres” aplicado somente às mulheres que desenvolvem esse comércio chocante me pareceu um horror.
Foi uma degradação total do que pode e deve se tornar uma posição nobre para as mulheres…Eu finalmente estou determinada a fazer o que eu puder “para resgatar dos infernos”, e especialmente a forma de inferno, assim, forçado, sobre meu conhecimento.”
Ela foi a ceita pelo Genebra Medical College, em Nova York, em 1847, e se formou em primeiro lugar em sua classe. Trabalhou como ginecologista para o resto de sua vida,; e chegou fundar uma escola de medicina para mulheres.