O Papa Francisco foi claro ao afirmar que o sacerdócio é um ministério reservado aos homens. Porém, muitos meios estão fazendo eco das recentes declarações do Sumo Pontífice em que se mostra a favor da criação de uma comissão que estude o papel das mulheres diaconisas na Igreja Primitiva.

Felizmente, este não é um tema desconhecido aos historiadores e para a Igreja. Por isso, neste artigo mostraremos 9 coisas que não sabia sobre as diaconisas na Igreja Primitiva.

1) Santas diaconisas

A Igreja reconhece a existência de mulheres que desempenharam o ministério do diaconato na Igreja Primitiva e canonizou muitas delas. Estas são algumas (algumas são veneradas apenas na Igreja Ortodoxa):

Santa Apolônia de Alexandria. 9 de fevereiro.

Santa Domênica de Alexandria. 8 de janeiro.

Santa Febe de Corinto. 3 de setembro.

Santa Gorgônia de Nazianzo. 23 de fevereiro.

Santa Irene de Constantinopla. 28 de julho.

Santa Júnia de Roma. 17 de maio.

Santa Justina. 2 de outubro.

Santa Macrina de Ponto. 19 de julho.

Santa Melania de Roma. 31 de dezembro.

Santa Nona. 5 de agosto

Santa Olímpia de Constantinopla. 17 de dezembro. (na imagem)

Santa Platônica. 6 de abril.

Santa Apôlonia ou Apolina de Antioquia. 9 de outubro.

Santa Priscila.13 de fevereiro.

Santa Rosalina de Villenueve, cartuxa. 20 de outubro.

Santa Susana. 15 de dezembro.

Santa Tatiana. 12 de janeiro.

Santa Teosébia, mulher de  São Gregório de Nissa. 10 de janeiro.

Santa Trifena de Roma. 14 abril.

Santa Xênia de Isola. 24 de janeiro.

Santas Sete diaconisas mártires da Pérsia. 16 de maio.

2) A Bíblia menciona uma delas

Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que é diaconisa da igreja de Cêncris.”  Romanos 16, 1

3) Não substituíam os sacerdotes

Se limitavam a ajudar os sacerdotes. Em alguns casos colaboravam em alguns sacramentos, mas nunca os celebravam.

4) Suas funções

Cuidavam dos enfermos e visitavam as mulheres doentes, recebiam os fiéis dentro do templo e se encarregavam de organização durante os sacramentos, tiravam as roupas das mulheres durante o rito de batismo quando este era por imersão e de idade adulta, preparavam o pão e o cálice para a Eucaristia, etc.

5) Havia um rito para seu ministério

Durante o século IV desenvolveu-se um rito que significava o início de seu ministério. Apesar de receberem a estola, como os diáconos homens, o Concílio de Nicéia (também século IV) deixou claro que elas não pertenciam ao clero, e sim que seguiam sendo leigas. Portanto, não aspiravam o sacerdócio como os diáconos varões.

6) Em algumas regiões eram necessárias pelo pudor

Na Síria, o impulso para a criação das diaconisas brotava de uma pressão social: os homens não podiam visitar as casas das mulheres para assisti-las; tinham ainda que manter a modéstia no batismo, que era feito por imersão e os batizados ficavam nus.

7) Idade das diaconisas

No Didascalia, um texto cristão do século III escrito em siríaco, estabelece que as diaconisas deveriam ter entre 50 e 60 anos.

8) Seu desaparecimento

A prática de batizar crianças fez com que as diaconisas fossem cada vez menos requeridas na Igreja e pouco a pouco desapareceram.

9) As últimas diaconisas

No século XIII ainda restavam algumas diaconisas na Constantinopla, mas como uma espécie de reconhecimento honorífico, sem função ou responsabilidade alguma.

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