Quantas vezes passamos na rua e vemos no chão uma moedinha de alguns centavos… É tão sem valor que não nos damos o trabalho de abaixar para pegá-la. Quem perdeu não se importa e quem achou menos ainda… Infelizmente o dom de viver, hoje se transforma numa pequena moeda que tratamos com desprezo.

Sabe o que é estranho? É que o homem disse se promover, crescer e se valorizar se apartando da fé. Tanto mais se agigantaria o homem quanto mais ele passasse a não se projetar para a eternidade, mas desejasse o aqui e agora. Com toda certeza, sem crer em sua origem e sem ter esperança no futuro glorioso, o hoje, o temporal, vira o sentido da existência. Se este portanto, é conturbado, se tem suas contrariedades, tudo desaba e a vida humana é uma moedinha sem valor no mundo.

O desejo de se colocar no lugar de Deus incutido pelo pecado no homem parece atingir seu grau máximo quando ele se torna árbitro de vida, quando diz a hora que quer morrer ou que os outros morram.
A militância contra a vida parece não ter limites, a guerra da humanidade contra si mesma parece não ter mais fim. O ser humano que se desenvolve no ventre materno, totalmente indefeso é o alvo da ferocidade injusta. Matá-lo não é uma infâmia, virou um direito. Como ficará meu corpo? Como ficará minha fama? Como ficará minha conta? Como ficará meu psicológico? Vai conturbar o meu hoje! Vai dificultar o sentido de minha existência! Mate-o!

Agora, como se não bastasse pela eutanásia matar pessoas idosas ou em alto grau de doença porque não podem mais usufruir dos prazeres do mundo, a moda é promover em filmes românticos e nas universidades, o chamado “suicídio assistido”. A pessoa está sofrendo, não tem mais o que usufruir daqui decide-se matá-la num hospital com uma equipe preparada pra isso. E isso é o mais moderno e evoluído da atualidade.

Não adianta, sem Deus o homem perde sua dignidade, perde o sentido de viver. Como entender o sofrimento como purificação? Como entender que aqui não é o tudo? Como entender que fomos feitos para muito mais? Sem Deus, sem graça, sem a revelação não é possível!

Quanto vale a vida? Quanto vale o tanto de prazer que se pode experimentar? Qual o motivo de travarmos uma batalha contra nós mesmo? Por favor, não trate esse tema como um discurso polarizado entre conservadores e revolucionários… É a vida humana! Somos nós, humanidade!

Porque promovemos a morte? Nós fomos feitos para a vida! Para uma vida tão plena que esta é só um caminho.
Nossas discussões poderiam ser as divergências sobre o modelo político ou filosófico ideal, sobre injustiças históricas, etc.. Mas por que é sobre transformar suicídio ou o assassinato de bebês em direito?

A que ponto estamos chegando e a que ponto vamos avançar ainda?! Homem, Deus fez vc como o tesouro da criação! Você vale muito!!!

“Escolhe, pois a vida!”

Publicado originalmente no Facebook do Padre Matheus Pigozzo.

[Leia também: Filme “Como eu era antes de você” defende suicídio assistido]
[Leia também: “É o meu corpo”: como o aborto é contrário a Eucaristia]
Compartilhe esta postagem