Caros amigos, a reflexão sobre a educação católica deve perpassar também uma reflexão sobre o educador. Neste âmbito, tanto o Concílio Vaticano II como as posteriores reflexões da Igreja procuram abordar deste a presença do leigo católico nas escolas, até às pessoas consagradas e sua missão no campo educativo.

O leigo católico ao exercer a função de educador em uma Escola Católica exerce sua missão na comunidade dos discípulos de Jesus. Diz a Congregação para a Educação Católica que “vivendo na fé a sua vocação secular dentro da estrutura comunitária da escola, com a melhor qualificação profissional possível e com um projeto apostólico inspirado na fé (…), o educador leigo deve estar profundamente convencido de que participa da missão santificadora e educadora da Igreja, e não pode julgar-se separado do complexo eclesial” (cfr. O leigo católico testemunha da fé na escola, 24).

Uma vocação específica em um contexto também específico, como é o caso do professor católico, deve ser vivida com grande empenho e amor. O esforço na correspondência de tão grande responsabilidade é fundamental para a construção de nossa sociedade e requer um programa de formação permanente, que não pode ser desculpado nem pela complexidade da vida hodierna, nem pelo acúmulo de responsabilidades, mas deve constar na programação de toda entidade educativa séria, pois permanecer aferrado a conhecimentos, critérios e atitudes superados põe em risco todo o trabalho formativo. “Renunciar à formação permanente no campo humano, profissional ou religioso é colocar-se à margem deste mundo, que se deve fermentar com o Evangelho” (cfr. Idem, 70). Assim, a função do professor católico não pode reduzir-se a um meio para viver, mesmo sabendo que as questões econômicas tenham sua relevância e que o docente mereça um justo reconhecimento retributivo; pois é uma autêntica vocação.

“Se, com o seu trabalho, o homem deve contribuir, sobretudo para a incessante elevação cultural e moral da sociedade, o educador que não realiza a sua missão educativa cessa por isso mesmo de ser educador”. (cfr. Idem, 25). A seriedade com a que a Igreja trata a educação integral do homem e o papel do professor católico, faz transparecer a basilar importância deste assunto e como nos preocupa o modo como é tratado o ensino religioso pelos órgãos públicos. É bom que todo cristãos procurem informar-se sobre o assunto em face de sua responsabilidade social.

Dom Edney Gouvêa Mattoso, Bispo Diocesano de Nova Friburgo
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