Relato de Santa Faustina sobre a revelação que Deus a deu sobre o aborto: trechos extraídos do “Diário de Santa Faustina”.

+ Certo dia, Jesus me disse que havia de punir uma cidade, que é a mais bela da nossa pátria. Esse castigo deveria ser o mesmo que Deus enviou contra Sodoma e Gomorra⁽⁵⁵⁾. Vi a grande ira de Deus, e um estremecimento atravessou o meu coração. Eu rezava em silêncio. Depois de um momento, Jesus me disse: Minha filha, une-te estreitamente a Mim durante o Sacrifício e oferece ao Pai Celestial o Meu Sangue e as Minhas Chagas em expiação pelos pecados dessa cidade. Repete isso sem cessar durante toda a santa Missa. Faz isto durante sete dias. No sétimo dia, vi Jesus numa nuvem brilhante e comecei a pedir que Jesus olhasse para a nossa cidade e para todo o nosso país. E Jesus olhou benignamente. Quando percebi a benevolência de Jesus, comecei a suplicar-Lhe a bênção. Então, Jesus me disse: Por ti, abençoo todo o país — e fez um grande sinal da cruz com a mão sobre a nossa pátria. Vendo a bondade de Deus, uma grande alegria inundou a minha alma.

No parágrafo 1276 do livro, Santa Faustina escreve:

⁽⁵⁵⁾ Notas do tradutor: Como Sodoma e Gomorra foram destruídas pelo fogo caído do céu (cf. Gên 19,24), assim as cidades polacas e especialmente Varsóvia, foram na realidade gravemente destruídas durante a segunda guerra mundial pelas bombas de impacto e incendiárias.


Sobre este assunto o diretor espiritual da Ir. Faustina, Pe. M. Sopoćko, durante o processo informativo, fez a seguinte declaração: “Tinha escrito também no Diário que Jesus havia lhe dito que seria destruída, como Sodoma, uma das mais belas cidades da nossa pátria por causa dos pecados que ali vinham sendo cometidos. Quando, mais tarde, depois de haver lido o Diário, questionei-a claramente sobre tal, confirmou que assim era. Tendo lhe perguntado depois por quais pecados Deus infligia uma tal punição, respondeu que seriam sobretudo pelo aborto das crianças, assim impedidas de nascer, sendo esse o mais grave pecado que se cometia.” (Summ., p. 95, início, § 251, ad 54).

Em outro momento, no parágrafo 1276 do livro, Santa Faustina escreve:

1276.

16/Setembro/1937

Hoje desejei ardentemente rezar uma Hora Santa diante do Santíssimo Sacramento; no entanto, outra era a vontade de Deus. Às oito horas, comecei a sentir dores tão violentas que tive que me deitar imediatamente. Fiquei me contorcendo nessas dores por três horas, isto é, até às onze da noite. Nenhum remédio me ajudou, e vomitava tudo o que engolia. Em certos momentos, essas dores me faziam perder a consciência. Jesus me permitiu conhecer que, dessa maneira, participei da Sua agonia no Jardim de Oliveiras e que Ele mesmo permitiu esses sofrimentos para desagravar a Deus pelas almas assassinadas no ventre de mães perversas. Já passei três vezes por esses sofrimentos; sempre começam às oito horas — [duram] até às onze da noite. Nenhum remédio consegue diminuir esses meus sofrimentos. Quando se aproximam às onze horas, desaparecem por si, e eu adormeço nesse momento; no dia seguinte, sinto-me muito fraca.

Quando isso me aconteceu a primeira vez, eu estava no sanatório. Os médicos não podiam descobrir o que era, e nem injeções nem remédio algum me ajudava, e eu mesma compreendia que sofrimentos eram esses. Eu disse ao médico que nunca na vida tinha tido semelhantes dores. Ele afirmou que não sabia do que se tratava. Agora compreendo que sofrimento é esse, porque o Senhor me permitiu conhecer… No entanto, quando penso que talvez algum dia ainda tenha que sofrer dessa maneira, tremo de terror, mas não sei se ainda alguma vez vou sofrer assim; deixo isso para Deus; o que Deus quiser enviar-me, aceitarei tudo com submissão e amor. Queira Deus que eu possa salvar com esses sofrimentos ao menos uma alma do homicídio!

Publicado originalmente por Blog Contra o Aborto.

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