Há nove anos o Pe. Juan José Gallego foi designado exorcista, e afirmou que, na sua opinião, o demônio é um ser “totalmente amargurado”.
“Sentiu medo alguma vez? ”, perguntou o entrevistador ao sacerdote. “Este é um ofício bastante desagradável”, respondeu o Pe. Gallego. “No começo tinha muito medo. Olhava muito para trás e via demônios em todo lugar… Veja só, no outro dia estava fazendo um exorcismo. ‘Te mando! ’, ‘Te ordeno! ’… E o Maligno, com uma voz tremenda, gritou: ‘Galleeeego, estás exageraaaaando!’. Então tremi”.
Quando as pessoas estão possuídas, relatou, “perdem o conhecimento, falam línguas estranhas, têm uma força exagerada, mal-estar profundo, vemos senhoras educadíssimas vomitando, blasfemando”.
“Um jovem durante a noite era tentado pelo demônio, queimava sua camisa, entre outras coisas, e me disse que os demônios lhe propuseram: ‘Se fizer um pacto conosco, isso nunca mais acontecerá com você’”.
O Pe. Gallego também advertiu que práticas da “nova era” como por exemplo, o reiki e a ioga, podem ser portas de entrada para o demônio. “Ele pode meter-se um pouco por aí”, assinalou.
Disse que situações como a crise financeira aumentam os casos de possessão: “Com a crise as pessoas sofrem mais. Estão desesperadas. Há pessoas convencidas de que o demônio está dentro delas”.
Entretanto, o padre sabe que o demônio não é mais poderoso que Deus. O exorcista recordou que “quando me nomearam, um parente me disse: ‘Ai, Juan José, estou toda assustada, porque no filme ‘O exorcista’ um morreu e o outro pulou pela janela’. Eu ri e lhe respondi: ‘Mulher, não se esqueça que o demônio é criatura de Deus’”.