13 freiras do mesmo convento morrem por Covid-19: “Foi o nosso momento mais trágico”
Rezemos por estas irmãs!
Treze irmãs felicianas do convento da Apresentação da Virgem Maria, em Michigan, nos Estados Unidos, morreram de Covid-19, de acordo com um site norte-americano.
Doze delas faleceram dentro de um mês, entre 10 de abril e 10 de maio. A outra irmã morreu no final de junho.
Além disso, outras 17 religiosas também foram diagnosticadas com o vírus, mas se recuperaram.
Elas tinham entre 69 e 99 anos. Ao total, o convento abrigava 57 freiras antes da pandemia.
Muitas delas eram professoras. Uma delas era bibliotecária, outra organista e outra, enfermeira. Uma delas, inclusive, serviu como secretária na Secretaria de Estado do Vaticano.
As irmãs dedicavam suas vidas ao serviço dos outros, principalmente por meio da educação e da medicina, tendo fundado vários colégios e hospitais nos Estados Unidos.
A primeira morte aconteceu na Sexta-feira Santa, e outras doze seguiram em 30 dias.
Quando o vírus entrou no convento, “foi como um incêndio incontrolável”, contou a Superiora, Ir. Mary Andrew Budinski.
“Eles não estavam nos informando os números”, acrescentou. “E todo dia, eles diziam: mais uma irmã, mais uma irmã. Era assustador”.
A diretora da Clínica de Serviços de Saúde, Irmã Noel Marie Gabriel, das Irmãs Felicianas da América do Norte, disse que elas “fizeram o que tinham que fazer, mas esse mês foi como uma forma de vida totalmente diferente”.
“Foi o nosso momento mais trágico. Foi um mês de tragédia, tristeza e luto”, disse a Ir. Noel.
Outra religiosa feliciana morreu recentemente.
Ela morava em um convento de Nova Jérsei, totalizando 14 mortes dentro da Ordem Feliciana.
As irmãs permanecem vigilantes para prevenir o vírus, com medidas de distanciamento social e outras precauções sanitárias, além de não terem podido comparecer ao funeral das freiras falecidas.
A Ministra Provincial das Irmãs Felicianas, Ir. Mary Christopher Moore, CSSF, disse ao ChurchPOP que a ordem “ainda está tentando lidar com a perda de tantas irmãs“.
Ela falou também que as freiras “normalmente compartilham histórias sobre a irmã que morreu na noite anterior ao funeral”, e celebram uma missa no dia seguinte.
No entanto, Ir. Mary contou que “não tivemos como fazer isso”.
“Apenas uma irmã podia estar no túmulo, e as outras poderiam ir ao cemitério, uma em cada carro”.
“Estamos ansiosas para poder fazer uma celebração para cada uma de suas vidas, com seus familiares”.
Ir. Mary Andrew Budinski também relatou que contraiu o vírus e conseguiu se recuperar.
“Pensei que fosse morrer”, disse ela. “Me rendi a isso. Disse: Deus, se você quiser me levar, estou pronta. E quando acordei no dia seguinte, de alguma forma, estava me sentindo melhor.”
Ela também falou que fica com receio ao pensar no dia em que as irmãs poderão se reunir novamente, pois “a dor concreta ainda está por vir”.