Encanto: seria este o filme mais cristão que a Disney já fez?
Encanto conta a história de Mirabel, a única de sua família colombiana sem poderes mágicos. De acordo com alguns, há uma abundância de simbolismo cristão no novo filme da Disney!
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Padre Juan Ochoa, diretor do Escritório de Culto Divino da Arquidiocese de Los Angeles, enfatizou a representação autêntica da cultura familiar latina dentro do filme. “Quando falamos de família, principalmente na comunidade latina, não nos referimos apenas aos parentes mais próximos. Mas nossos tios, tias ou avós. (…) Há dois mil anos, esse era o contexto familiar de Jesus”.
O amor pela família
“Esta é a história de uma família, vivendo juntos neste lar mágico, profundamente conscientes dos dons e falhas um do outro”, disse a professora e autora Katie Prejean McGrady ao Catholic News Register. “Eu me encontrei entendendo e me relacionando com os conflitos e resoluções do filme muito mais do que com qualquer princesa da Disney.”
A descoberta da identidade
“Ser capaz de salvar alguém, até você mesmo, não funciona neste filme”, disse a autora Jessica Hooten Wilson ao CNR. “Tudo começa a desmoronar quando alguém tenta fazer isso, quando a avó pensa que pode agir por um milagre e pela graça. Precisamos desse tipo de filme para ter uma vida digna de ser vivida. Se continuamente temos filmes que mentem para nós, que a única vida que vale a pena viver é aquela em que mais consumimos, somos egoístas, só cuidamos de nós mesmos, escrevemos nossas histórias (…) é a cultura que temos agora. Estamos divididos; somos egoístas; somos violentos. O milagre comporta-se como uma alegoria da graça: a família Madrigal pode recebê-lo e cooperar com ele gratuitamente, mas ao tentar conquist-alo, as suas tentativas provocam um desentendimento entre eles e a ‘mágica’.”
O amor ao próximo
“É aqui que tudo começa: a família. É daí que vem o seu conhecimento de quem você é e por que você está aqui e o que você está fazendo no mundo.” A identidade não pode ser completamente definida separadamente de outras pessoas. “Muitas vezes esquecemos que pertencemos a outras pessoas. (…) Somos responsáveis uns pelos outros”, concluiu Wilson.