Gêmeos franciscanos são ordenados sacerdotes na Síria
No sábado, 6 de julho, os cristãos de Alepo, na Síria, celebraram com alegria a Ordenação Sacerdotal dos franciscanos Johnny e George Jallouf!
A ordenação foi realizada pelo Vigário Apostólico dos Latinos de Alepo, Mons. Hanna Jallouf, na Igreja de São Francisco de Assis. Anos atrás, o prelado havia sido sequestrado e posteriormente libertado pela organização terrorista Estado Islâmico. Para a paróquia de São Francisco, esta é a primeira ordenação sacerdotal em 17 anos.
Em uma entrevista exclusiva antes da ordenação, concedida a Por Suhail Lawand da ACI Mena, agência árabe da EWTN News, os dois irmãos, então diáconos e frades da Custódia da Terra Santa, contaram as etapas mais importantes de seu caminho rumo à vocação monástica e sacerdotal.
A história de Johnny
“Percebi os primeiros sinais da vocação aos 15 anos. Naquela época, meu irmão e eu íamos regularmente à igreja e participávamos de suas atividades, especialmente da Missa”, contou Johnny. Ele havia entendido que Deus estava chamando-o para algo, mas disse a si mesmo que ainda era jovem e que primeiro queria realizar seu sonho de estudar medicina.
“Mas, após cerca de um ano e meio, a ideia do chamado voltou, especialmente quando ouvi que o Reino dos Céus é semelhante a um homem que vendeu tudo o que tinha para adquirir uma pérola. Aí percebi que a pérola nada mais é do que nosso Deus, a quem eu deveria seguir”, comentou.
Após o início da guerra, Johnny começou a questionar o sentido da vida e, um dia, enquanto rezava o Pai Nosso, parou na frase: “Seja feita a vossa vontade”. “Nesse momento, uma voz interior me abalou, dizendo: 'Você diz: Seja feita a vossa vontade, mas faz a sua'. Mais tarde, compreendi que Deus desejava que eu fosse médico das almas, e não dos corpos”, explicou.
A história de George
George declarou ter sentido o chamado entre os 13 e 15 anos, mas não o levou a sério devido à sua ambição de estudar direção cinematográfica. Só depois ele se sentiu próximo da frase dos Salmos: 'Não temerei mal algum, porque tu estás comigo'. Assim, pedi a Deus força para estar sempre com Ele. (...) Senti, sem pensar nem planejar antes, que havia uma mão que me empurrava para entrar na vida monástica”, destacou.
George explicou: “Assim como experimentei as mãos de Jesus que me levantavam do meu pecado e me abraçavam como prova do Seu amor por mim, também quis ser o instrumento que conecta Deus e as pessoas através do sacramento do sacerdócio”.