Papa Francisco descarta ordenação de mulheres em entrevista recente
Em entrevista à America Magazine, publicação jesuíta norte-americana, o Papa Francisco se referiu à impossibilidade de um sacerdócio feminino.
A entrevista foi conduzida por cinco entrevistadores: os padres jesuítas Matt Malone e Sam Sawyer; o editor executivo da revista, Kerry Webber; o correspondente dos Estados Unidos no Vaticano, Gerard O’Connell, e Gloria Purvis, uma radialista que tem um podcast na revista America.
[Leia também: A verdade sobre os rumores de uma iminente renúncia do Papa Francisco]
Papa Francisco explica por que uma mulher não pode ser ordenada padre
Os entrevistadores perguntaram ao Papa Francisco o que ele diria a uma mulher que serve na Igreja e se sente “magoada” por não poder ser ordenada padre.
“Por que uma mulher não pode entrar nos ministérios, na ordenação? Porque o princípio petrino não o previu”, disse o Santo Padre.
“Que uma mulher não entre na vida ministerial não é uma privação, não. O seu lugar é aquele muito mais importante e é aquele que ainda não desenvolvemos, a catequese sobre a mulher segundo o princípio mariano”, acrescentou.
Em seguida, o Santo Padre expressou que “a Igreja é uma mulher. A Igreja é a esposa. Não desenvolvemos uma teologia da mulher que reflita isso. Poderíamos dizer que o caminho da ministerialidade é o da Igreja petrina”.
“Mas há outro princípio ainda mais importante, do qual não estamos falando, e é o princípio mariano, que é o princípio da feminilidade na Igreja, das mulheres na Igreja, onde a Igreja se espelha porque é mulher e é uma esposa”, continuou ele em sua explicação.
Nesta linha, enunciou o Santo Padre, “o princípio petrino, que é o da ministerialidade, mas a Igreja só com isso não funciona. O princípio mariano, que é o das núpcias da Igreja, da esposa da Igreja, da mulher da Igreja. É mariana porque Maria é superior a Pedro e marca toda aquela linha mística da mulher Igreja”.
“A Igreja é uma mulher. A Igreja é esposa. Portanto, a dignidade da mulher se espelha nesta linha”, disse o Papa Francisco.