4 mensagens proféticas do Santo Cardeal Newman sobre o Anticristo e o fim dos tempos
Você já ouviu falar dos sermões do Santo Cardeal Newman sobre o Anticristo? Ele escreveu por volta de 1835 uma série de textos que analisam, a partir da Bíblia e dos ensinamentos dos Santos Padres, como será o fim dos tempos.
Em um artigo escrito para o National Catholic Register, Joseph Pronechen compartilha algumas citações desses sermões que nos inspirarão a reconhecer os sinais dos nossos tempos.
As palavras ditas há 180 anos pelo Santo Cardeal Newman nos dão mensagens proféticas para discernir nosso tempo e nos apegarmos mais a Cristo e sua Igreja.
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4 mensagens proféticas do Santo Cardeal Newman sobre o Anticristo e o fim dos tempos
Primeiro Sermão: A Sociedade do Anticristo
Ele explica como é a sociedade e a relação do homem com a cultura promovida pelo Anticristo:
“Você acha que [Satanás] é tão desajeitado em seu ofício a ponto de pedir-lhe abertamente que se junte a ele em sua guerra contra a Verdade? Não; oferece iscas para tentá-lo. Ele te promete liberdade civil; te promete igualdade; promete comércio e riqueza; te promete uma isenção de impostos; te promete reforma.
É assim que ele esconde de você o tipo de trabalho que está te colocando; te tenta a criticar seus governantes e superiores; ele mesmo o faz e induz você a imitá-lo; ou promete iluminação, oferece conhecimento, ciência, filosofia, ampliação da mente. Ele zomba dos tempos passados; ele zomba de todas as instituições (…). Ele te diz o que dizer e então o ouve, o elogia e o encoraja.
Ele pede que você suba alto. Ele te mostra como tornar-se deuses. Então ele ri e brinca com você e se torna íntimo de você; ele pega a sua mão e coloca os dedos entre os seus, e agarra-os, e então você é dele.”
Segundo Sermão: A religião do Anticristo
O Santo Cardeal Newman distinguiu como a educação poderia substituir gradualmente o ensino da religião por Jesus:
“Um anticristo, seja ele quem for, há de vir; (…) O antigo Império Romano não está extinto; Satanás, se ele está preso, está preso apenas por um período; a luta entre o bem e o mal não acabou. Repito, no estado atual das coisas, quando se supõe que o grande objetivo da educação é o de nos livrarmos das coisas sobrenaturais, quando nos pedem para rir e deixar de acreditar em tudo que não vemos, somos instruídos a prestar contas de tudo através de coisas conhecidas e comprovadas, e avaliar cada afirmação com a pedra de toque da experiência (…)”.
Terceiro Sermão: A Cidade do Anticristo
É assim que ele identifica algumas chaves da época e como os cristãos devem ser previnidos:
“Somos advertidos a não compartilhar de seus pecados e de sua punição, pois, quando chegar o fim, seremos considerados meros filhos deste mundo e de suas grandes cidades; com gostos, opiniões, hábitos, como os encontrados em suas cidades; com um coração dependente da sociedade humana e uma razão por ela moldada, contra nos encontrarmos no último dia, diante de nosso Juiz, com todos os sentimentos, princípios e propósitos que o mundo alimenta; com nossos pensamentos vagando (se isso for possível), vagando atrás de vaidades; com pensamentos que não vão além da consideração de nosso próprio conforto ou de nossas ganâncias; com elevado desprezo pela Igreja, seus ministros, seu povo humilde; um amor por posição social, uma admiração pelo esplendor e modas do mundo, uma afetação de refinamento, uma dependência de nossas faculdades de razão, uma autoestima habitual e uma total ignorância do número e atrocidade dos pecados que estão contra nós”.
Quarto Sermão: A Perseguição do Anticristo
Como poderia ser a perseguição? É assim que o São Cardeal Newman o entende em sua reflexão:
“Depois de tudo, pode não ser uma perseguição de sangue e morte, mas apenas de arte e sutileza, (…) de maravilhas naturais e poderes da habilidade humana, aquisições humanas nas mãos do demônio. Satanás pode adotar as mais alarmantes armas de engano, pode se esconder, pode tentar nos seduzir em pequenas coisas e, assim, retirar os cristãos, não de uma só vez, mas aos poucos, de seu verdadeiro lugar.
Sabemos que ele fez muito isso nos últimos séculos. Sua política é nos dividir, para nos desalojar gradualmente de nossa rocha de força. E se vai haver uma perseguição, talvez seja então quando todas as partes da cristandade estiverem divididas e tão reduzidas, tão cheias de cisma, tão perto da heresia. Quando nos atirarmos no mundo e dependermos dele para nossa proteção, e abrirmos mão de nossa independência e nossa força, ele pode nos atacar nós com fúria, tanto quanto Deus permitir.”