Todos os anos, no dia 6 de maio o Vaticano faz o juramento dos novos guardas suíços. Por quê?

A história remonta a Roma no século XVI, durante as guerras italianas em 6 de maio de 1527. Naquela manhã, durante um ataque liderado pelo capitão General Bourbon na Porta Torrione, em Roma, o militar ficou gravemente ferido.

Devido à hesitação do capitão, os mercenários espanhóis entraram pela Porta, enquanto soldados alemães invadiram Borgo e a Basílica de São Pedro.

Aproximadamente 20 mil mercenários luteranos participaram desta invasão contra 189 guardas suíços e 5 mil cidadãos.

Segundo o site do Vaticano, os guardas suíços permaneceram firmes nessa invasão “ao pé do obelisco (agora na Praça de São Pedro, bem perto do cemitério alemão dentro do Vaticano), junto com o pequeno restante das tropas romanas que resistiram desesperadamente”.

Os espanhóis mataram o Capitão da Guarda Suíça do papado, Kaspar Röist, “no seu quarto em frente à sua esposa”.

Apenas 42 dos 189 sobreviveram ao ataque

Esses sobreviventes foram “aqueles que, quando tudo estava perdido, sob o comando de Hercules Göldli, protegeram a retirada do papa Clemente VII para um lugar seguro em Castel Sant’Angelo. O resto caiu gloriosamente, massacrado junto com duzentos fugitivos, nos degraus do altar principal na basílica de São Pedro”.

“O papa Clemente VII e seus homens conseguiram escapar para um lugar seguro, graças ao ‘Passetto’, um corredor secreto que o papa Alexandre VI havia construído na parte superior do muro para ligar o Vaticano ao Castel Sant’Angelo”.

Embora possa parecer uma perda terrível para os guardas suíços, eles enfrentaram 20 mil soldados profissionais. Apenas 5 mil homens das tropas mercenárias luteranas permaneceram após a batalha.

O Vaticano realiza o juramento dos novos guardas suíços todos os anos em 6 de maio, em memória à postura dos soldados.

Como explica o site do Vaticano, “esta data, que em 1527 foi um dia de morte, hoje é um dia de vida, porque a cada ano, neste dia, os novos recrutas fazem seu solene juramento de lealdade”.

Compartilhe esta postagem