Akash Bashir morreu evitando o ataque de um homem-bomba a uma igreja lotada enquanto a missa estava sendo celebrada. Agora, os pais do menino de 19 anos rezam pela sua beatificação.
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O ataque ocorreu em 15 de março de 2015, na Igreja de São João, em Lahore, Paquistão. Akash era membro do grupo voluntário que protegia a Igreja de possíveis ataques, e naquele dia, conta sua mãe, “ele insistiu em ficar perto da porta”.
Akash e outra pessoa estavam de guarda no portão principal da Igreja, mas ao ver um homem tentar entrar rapidamente e com violência, tentou impedi-lo, e foi quando notou os explosivos escondidos em sua jaqueta.
Segundo a ACN (Ajuda à Igreja Que Sofre), as últimas palavras de Akash foram dirigidas ao homem-bomba: “Vou morrer, mas não vou deixá-lo entrar na igreja”. Ele então se agarrou ao homem e a bomba explodiu, matando-os rapidamente, mas salvando a vida de milhares de pessoas.
O pai do jovem disse que ele sempre quis ser um grande homem. “Uma vez, sua mãe pediu que ele parasse de ficar parado no portão da igreja. Ele respondeu que queria deixar as pessoas mais seguras e não se importava com sua própria vida“, disse.
“Akash fazia parte do meu coração. Era um jovem simples que morreu no caminho do Senhor, salvando o padre e os paroquianos. Akash já é nosso santo”, contou a mãe.
Um ano após o acontecimento, o padre Francis Gulzar, pároco da Igreja de São João, aproveitou parar dar início ao movimento em busca da beatificação do mártir. “Akash é nosso herói, sua bravura salvou mais de 2 mil pessoas dentro da igreja”.
Em 6 de janeiro de 2017, o Pe. Gulzar enviou uma carta ao arcebispo de Lahore, Dom Sebastian Shaw, pedindo que a causa do martírio de Akash Bashir fosse enviada para Congregação para as Causas de Santos.
A mãe disse que o grupo que promove a causa da beatificação de seu filho “está desacelerado por causa da pandemia” e que “um sacerdote salesiano está escrevendo um livro sobre ele”.
Hoje, é o irmão mais novo de Akash, Arsalan, é quem ajuda a equipe de segurança da Igreja. “Não o impedimos porque não queremos impedir os nossos filhos de servirem à Igreja”, completou a mãe.