"Apitos da UTI são como sinos das catedrais": Padre Márlon conta estratégia para rezar no hospital
Uau, mais uma vez somos surpreendidos pelo grande testemunho do Padre Márlon!
Na terça-feira passada (17), ele teve uma piora em seu estado de saúde e precisou ser internado às pressas. Desde então, o irmão do sacerdote, Paulo Gustavo, está sempre publicando nas redes sociais boletins sobre sua recuperação e comoventes histórias de como o padre está vivenciando estes dias.
Nesta quarta-feira (25), ele falou sobre “o efeito dos apitos da UTI no Padre Márlon”. O que poderia ser apenas algo rotineiro na vida do hospital ou ainda uma ocasião de murmuração, transformou-se em algo maior.
Padre Márlon disse: “os apitos da UTI são, para mim, como os sinos das catedrais: lembram-me que sou miserável e necessito urgentemente de rezar“. Realmente inspirador!
Confira o relato completo:
“Perguntei ao meu irmão Padre Márlon como ele dava conta daqueles apitos da UTI no ouvido dele. Sempre tem um apito. Tem hora que parece que apita tudo. Meu irmão me confidenciou que é tentado, sim, a ficar irritado e a murmurar, mas criou aquilo que ele chamou de “um esquema para salvar a minha alma enquanto aqui no hospital eles buscam salvar o meu corpo”: toda vez que ele ouve um apito, ele faz uma oração.
Ou o Padre Márlon está rezando a Missa, a Liturgia das Horas e o Rosário, ou fazendo jaculatórias. Apitou? “Jesus, eu confio em Vós!”, “Maria, passa à frente!”, “Jesus, manso e humilde de Coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso”, “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós, que recorrermos a vós”, “Senhor, põe teus Anjos aqui”, “Deus, os meus são Deus!”. E assim vai. Pedindo por si e intercedendo pelo mundo. Rezando por todas as causas, situações e pessoas.
Então eu disse ao meu irmão: “Mas que hora não apita alguma coisa na UTI?”. E ele fechou com chave de ouro a nossa conversa: “Difícil mesmo um momento em que não se ouça um apito na UTI. Como eu rezo a cada apito, então eu rezo o tempo todo. Mantenho-me bem ocupado e isso ajuda no meu tratamento. Os apitos da UTI são, para mim, como os sinos das catedrais: lembram-me que sou miserável e necessito urgentemente de rezar“.