Bandido bom é bandido morto? Saiba o que pensa Santa Teresinha sobre isso
O poeta diz que “a criminalidade toma conta da cidade e a sociedade põe a culpa nas autoridades”, mas quando as autoridades tomam as medidas cabíveis, muitos movimentos que dizem defender os direitos humanos, mas na verdade apenas adulam criminosos, se levantam contra as medidas tomadas.
Como a Igreja nos ensina a reagir diante disso?
O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “o esforço do Estado em reprimir a difusão de comportamentos que lesam os direitos humanos e as regras fundamentais da convivência civil, corresponde a uma exigência de preservar o bem comum. É direito e dever da autoridade pública legítima infligir penas proporcionadas à gravidade do delito” CIC 2266.
Ou seja, é papel do Estado punir aqueles cometem crimes, lesando as regras de convivência civil. E a Igreja orienta que haja uma proporcionalidade entre o delito e a pena a ser cumprida pelo infrator.
Mas o que a Igreja ensina sobre confronto com bandidos que acabam em mortes?
O Catecismo da Igreja Católica vai dizer no número 2265 que “a legítima defesa pode ser não somente um direito, mas até um grave dever para aquele que é responsável pela vida de outrem. Defender o bem comum implica colocar o agressor injusto na impossibilidade de fazer mal. É por esta razão que os detentores legítimos da autoridade têm o direito de recorrer mesmo às armas para repelir os agressores da comunidade civil confiada à sua responsabilidade“.
Isso quer dizer que bandido bom é bandido morto? E Santa Teresinha disse o que?
Não, bandido bom não é bandido morto. Bandido bom é bandido que cumpra sua pena, e que possa experimentar da misericórdia de Deus através de atos concretos como as visitas da pastoral carcerária e também através de nossas orações. Visitar os presos é obra de misericórdia instituída por nosso Senhor (Mt 25, 31-46).
Tá. Mas e Santa Teresinha?
Por volta do ano de 1887, na cidade de Paris, um homem chamado Henrique Pranzini, estrangulou sua amante, a filha dela de 12 anos e a empregada da casa, a sangue frio. Ele foi preso e o caso repercutiu por toda a Europa.
Pranzini fora condenado a morte, e vários sacerdotes foram visitá-lo, mas o assassino não queria saber de Deus.
Na cidade de Lisieux, também na França, Teresinha ficou sabendo do que aconteceu e Deus inflamou seu coração de misericórdia por aquele homem. Ela pôs-se a interceder pela salvação de Pranzini. Durante dois meses Teresa rezou incessamentemente pela conversão daquele homem. Mas os jornais noticiavam que ele não aceitava de maneira alguma a visita de um sacerdote.
Entretanto, no dia da sua execução, algo aconteceu que encheu o coração de Teresinha de alegria e esperança. Pranzini pediu ao padre que estava acompanhando o momento um crucifixo e o beijou três vezes antes de morrer. Teresinha viu nesse ato um sinal da conversão daquele que ela chamou de seu “primeiro filho”.