Em um tempo em que as pistas de dança de casamentos costumam ser dominadas por DJs, luzes de balada e músicas seculares de gosto duvidoso, Maria Fernanda e João, membros da Comunidade Shalom, decidiram remar contra a maré — e o resultado tocou profundamente os convidados.
O casal, que se conheceu em uma companhia de teatro católica (quando Maria Fernanda ainda nem era católica), sempre teve clareza de que a fé seria um pilar central da vida a dois.
“Mesmo nos gostando, esperamos dois anos para começar de fato a namorar. Eu precisava me acostumar com as coisas da Igreja, e nós dois precisávamos nos curar de relacionamentos anteriores”, contou a noiva.
Um casamento com “cara de casa”
A escolha musical foi coerente com o que eles vivem no dia a dia. No lugar do “funk pesadão”, eles optaram por um repertório que mesclava músicas católicas e canções seculares saudáveis, executadas pelo grupo @trioemfa_oficial.
“A intenção sempre foi fazer do nosso casamento como se fosse um dia na nossa casa, com a nossa família. Não somos acostumados com certos estilos e não fazia sentido colocá-los no nosso dia”, explica Maria Fernanda.
O resultado? Surpresa geral — e muitos elogios.
“Recebemos vários relatos de que tudo foi muito a nossa cara”, disse.

Festa santa, mas nada chata
O mais bonito foi ver como a decisão gerou esperança.
“Achamos que abriu portas de evangelização. Mostrou que é possível festejar santamente sem ser chato”, afirma a noiva.
O casal, apaixonado por arte e beleza, acredita que música, dança e evangelização caminham juntas.
“Arrisco dizer que tá tudo intimamente ligado. São João Paulo II fala sobre isso na Carta aos Artistas.”
Um apostolado que nasceu do amor
Além da festa, Maria Fernanda e João também testemunham sua fé e vida de casal no Instagram, no perfil @joaoemariadaily. O projeto começou falando de relacionamento a distância, mas evoluiu para algo maior: evangelização.
“Apesar de amar falar sobre relacionamentos, o fim (a finalidade) do relacionamento é a santidade. Esse momento do casamento é só uma extensão do que buscamos viver e compartilhar.”
O conselho para outros casais
“Não tenha medo do que vão pensar. Não tema fazer diferente. Desde que noivamos, decidimos que nossa festa não teria nada a ver com o que não somos.”
E a frase que resume a experiência?
“Estar no mundo, mas não pertencer mais a ele.