Com câncer, grávida escolhe amputar a perna para poder salvar a vida da filha
A jovem Kathleen Osborne estava grávida do terceiro bebê quando descobriu que, mais uma vez, havia sido diagnosticada com câncer. Suas opções eram claras: ou abortava para dar logo início à quimioterapia, ou precisaria amputar a perna. Assim, ela escolheu a vida: “Estou feliz por ter decidido perder minha perna porque ela me deu minha filha”. Confira este belo testemunho de coragem e amor!
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Com câncer, grávida escolhe amputar a perna para poder salvar a vida da filha
Kathleen Osborne, 28 anos, mora em Wisbech, na Inglaterra, e em novembro do ano passado teve duas grandes descobertas juntas: ao fazer uma ressonância magnética, os médicos detectaram um carço em sua perna direita. Ao mesmo tempo, descobriu que estava grávida de quatro meses!
“Foi realmente assustador porque eu imediatamente pensei que iria perder meu bebê. Eu tinha acabado de descobrir sobre ela e então pensei que iria perdê-la”, contou ela em entrevista ao jornal DailyMail.
Durante a consulta, Kathleen relata que os médicos lhe deram duas opções: poderia abortar a filha para dar logo início ao tratamento ou fazer uma cirurgia de amputação na perna. E lhe deram uma semana para pensar no assunto, mas ela estava certa do que queria. “Eu disse aos médicos no dia seguinte para agendar e apenas fazer. Não fazia sentido eu ter muito tempo para pensar sobre isso porque me assustaria ainda mais. Eu provavelmente iria perder minha perna de qualquer maneira, então poderia muito bem perdê-la agora e ficar com minha bebê“.
Kathleen foi operada em 17 de novembro de 2020 e sua filha, Aida-May, nasceu em março de 2021, cerca de oito semanas antes do previsto, porém saudável. Ela conta que seus filhos Hayden (9 anos) e Leo (5 anos) sonhavam com uma irmãzinha. “Eu também sempre quis uma menina depois de ter meus dois meninos primeiro e agora ela está aqui, então estou feliz por ter feito isso”, explica.
Para que os meninos não ficassem assustados com a situação, Kathleen pensou numa forma criativa de contar para eles. “Eles adoram Transformers, então eu disse que tinha algo ruim na minha perna e que os médicos precisavam removê-lo, mas que os Transformers iriam me fazer uma perna nova. Eles ficavam tipo ‘Sério? Isso é muito legal!’ Então eles adoraram”.
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Kathleen foi diagnosticada com câncer pela primeira vez em 2005, um osteossarcoma na perna direita. Feita a cirurgia e o tratamento, ela ficou livre da doença por 11 anos, até que em 2016, após o nascimento do segundo filho, descobriu que o câncer agora havia atingido seus pulmões, precisando passar por mais uma cirurgia e sessões de quimioterapia até março de 2017.
Desta vez, amputada a perna, o câncer ósseo se foi, mas a batalha de Kathleen continua. No final da gravidez de Aida-May, os médicos descobriram que o câncer no pulmão havia voltado, por isso a bebê nasceu com oito semanas de antecedência.
“Eles só me deram dois dias para me preparar para dar à luz a ela, pensei que tinha oito semanas e de repente tive apenas dois dias, o que foi assustador”, relata.
Infelizmente, os diagnósticos apontaram o câncer no pulmão de Kathleen como inoperável e terminal. Sem saber quanto tempo exatamente de vida ela tem, tudo o que ela deseja fazer é aproveitar cada segundo.
“Esse é o meu único foco agora, fazer memórias com meus filhos. São apenas eles, eu realmente não me importo mais com meus sonhos. Não sei quanto tempo me resta, podem ser anos, podem ser apenas meses”.