Em tempos em que a fé cristã costuma ser deixada de lado nos ambientes esportivos, a Universidade de Notre Dame tem se destacado por viver de forma pública e concreta a sua identidade católica — inclusive no time de futebol americano.

Sob o comando do técnico Marcus Freeman, a equipe reviveu uma tradição que havia sido abandonada nos últimos anos: a participação na Missa na Basílica do Sagrado Coração antes de cada jogo em casa.

“Lembro que, quando estava no ensino médio, fui ver um jogo em Notre Dame como recrutado, e vi o time saindo da Basílica depois da Missa pré-jogo. Achei a coisa mais legal do mundo. Eu me lembro de ter visto isso em filmes também”, afirmou Freeman em entrevista a jornalistas em Atlanta.

Desde que assumiu como treinador principal em 2021, Freeman fez questão de restaurar a Missa pré-jogo — e não parou por aí. O treinador se converteu ao catolicismo em 2022, recebendo o Batismo e a Primeira Comunhão na St. Pius X Catholic Church, em Indiana.

“Quando fui nomeado head coach, falei com a administração sobre a decisão de não ter Missa pré-jogo e o que precisávamos fazer para mudar isso. Era importante para mim trazer isso de volta”, explicou.

Segundo ele, a própria cultura da universidade o ajudou a crescer na fé:

“Estar na Universidade de Notre Dame é estar num lugar onde crescer na fé é incentivado. E não apenas no catolicismo. É sobre ter fé, crer em algo maior do que você mesmo.”

Além da Missa, Freeman também destacou que os jogadores têm encontros para estudo bíblico e vivem a fé com naturalidade dentro do time:

“Temos estudo bíblico dos jogadores. Tenho uma fé forte… e você tem que confiar além da evidência, confiar além do saber, o que é outro lema da fé. Nós não escondemos isso. Eles não escondem isso. E isso é importante para nós.”

O impacto dessa espiritualidade se reflete também nos atletas. O quarterback Riley Leonard, por exemplo, revelou que sua ida para Notre Dame foi fruto direto de oração:

“Lembro de estar no meu quarto, rezando à noite: ‘Jesus, Senhor, por favor me dê alguma coisa, me dá uma oportunidade’. No dia seguinte, acordei e Ele me respondeu.”

Leonard também comentou sobre a postura do técnico:

“Ele é um homem humilde, e não esconde sua fé.”

Durante os treinos e nos jogos, símbolos da fé católica são visíveis. Medalhas e crucifixos podem ser vistos em muitos atletas. Um dos jogadores da linha ofensiva contou:

“Tem uma senhora que abençoa e distribui essas medalhas. Colocamos debaixo da camiseta antes de jogar.”

Essa vivência pública da fé em meio à pressão do esporte profissional é algo raro — mas profundamente enraizado em Notre Dame. Acima da porta leste da Basílica onde os jogadores assistem à Missa antes dos jogos, está escrito:

“Deus, Pátria, Notre Dame, em Glória Eterna.”
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