Um frade espanhol, que abraçou a Santidade numa vida marcada por intensa experiência de oração, humildade, penitência e caridade, que viveu em uma época de grande decadência moral e espiritual, é ao lado de Nossa Senhora Aparecida o padroeiro do Brasil.

São Pedro de Alcântara era conhecido em toda a Europa por ser um exímio pregador e por seu testemunho de amor a Deus e aos irmãos. O rei de Portugal, Dom João III, “o Piedoso”, sabendo de sua fama convidou-o para que fosse seu confessor.

Com seu testemunho de pobreza e vida penitente, fez com que muitos infantes, príncipes e princesas de Portugal se convertessem, levando alguns a fazerem votos de castidade por amor a Deus.

Pedro de Alcântara com sua santidade abalou a corte portuguesa, convertendo inúmeros nobres, que deixavam sua vida mundana para abraçarem o Evangelho.

Sua fama de santo se perpetuou até sua morte em 1562, e em 1622 foi beatificado pela Papa Gregório XV e, canonizado em 1669, por Clemente IX.

São Pedro de Alcântara tornou-se o santo de devoção da Família Real Portuguesa, o que fez com que o primogênito de Dom João VI fosse batizado como Pedro de Alcântara, nosso futuro imperador Pedro I. E por sua vez Dom Pedro I também batizou seu filho como Pedro de Alcântara, que se tornaria Dom Pedro II.

No ano de 1826, Dom Pedro I solicitou ao Papa Leão XII que São Pedro de Alcântara fosse o padroeiro do Brasil. O Papa prontamente atendeu o pedido.

Porém, a partir da proclamação da república em 1889, a devoção ao santo foi sendo retirada aos poucos, para que o povo não fizesse referência à Monarquia.

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