Em certa ocasião, existia uma desavença entre dois vizinhos, motivada pela posse de um potrinho. Cada um alegava o direito de propriedade do animal. Para resolver o caso e devolver a paz entre os vizinhos, o padre Brochero pediu-lhes que trouxessem ao pátio da casa paroquial as éguas de sua propriedade e o potro em litígio, convidou ainda um outro vizinho que tinha seduzido uma jovem, e não quis assumir seu filho.

Colocando cada um dos envolvidos em lugares distantes do pátio com suas respectivas éguas, pediu ao vizinho sedutor que se colocasse no meio com o potrinho da discórdia, e deu a ordem de soltar as éguas, uma foi pastar e a outra correu para acariciar o potro. Diante disso o padre estabeleceu quem era a verdadeira mãe do potrinho em litígio.

Depois de admoestar quem queria apropriar-se ilicitamente do animalzinho, pediu ao terceiro vizinho que o acompanhasse a outro lugar, onde, a sós, perguntou se havia dado conta do que havia feito a mãe do potrinho, e, ante o entendimento de seu interlocutor, manifestou-se dizendo que deveria fazer o mesmo com o filho da mulher que seduziu e diante das reticências deste, disse:

”Filho, você não pode ser mais animal que a égua que reconheceu sua própria cria, e, portanto, você deve proceder da mesma maneira e normalizar sua vida com a jovem, eu te ofereço a ajuda que precisar.”

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