O cardeal Raztinger, que futuramente seria o papa Bento XVI, uma vez disse: “O gesto cristão mais básico na oração é e sempre será o Sinal da Cruz”. De fato, acredita-se que desde os primeiros séculos, os cristãos já o faziam, como forma de fazer memória da cruz salvadora de Cristo.
Por ser algo muito recorrente, acabamos nos acostumando a fazê-lo e, muitas vezes até o fazemos de qualquer jeito. Mas você já ouviu falar da profundidade que cada passo da cruz que traçamos em nós mesmos significa?
São Francisco de Sales certa vez explicou de forma muito profunda o significado de cada parte deste belíssimo ato que, como católicos, somos chamados a fazer em todo tempo e lugar.
Esta é a explicação mais fascinante sobre o ‘Sinal da Cruz’ que você vai ouvir!
“Levantamos a mão primeiro à testa, dizendo ‘Em nome do Pai’, para dizer que o Pai é a Primeira Pessoa da Trindade, de quem o Filho é gerado e de quem o Espírito procede.
Ao dizer ‘E do Filho’, a mão é descida ao peito, para expressar que o Filho procede do Pai, que o enviou aqui embaixo para o seio da Virgem Maria.
Então a mão é movida do ombro esquerdo para o direito enquanto se diz ‘E do Espírito Santo’, para ressaltar que o Espírito Santo, sendo a Terceira Pessoa da Trindade, procede do Pai e do Filho, é o amor que une os dois e que, por Sua graça, participa dos frutos da Paixão.
Portanto, o Sinal da Cruz é uma breve declaração da nossa fé em três grandes mistérios: nossa fé na Santíssima Trindade, na Paixão de Cristo e no perdão dos pecados, pelo qual passamos do lado esquerdo (da maldição) para o direito (da bênção)”.