Em novembro de 2019, a Tailândia e o Japão tiveram a paternal e doce presença do nosso Santo Padre, o Papa Francisco. Foi uma visita cheia de júbilo e detalhes bonitos.

Um deles ocorreu na última missa que o Papa celebrou no Japão, em 24 de novembro. Como em cada última missa nos lugares que visita, ele usa uma invocação mariana importante do local na celebração. A que usou desta vez tem uma história incrível.

Busto sobrevivente

Como é bastante conhecido, na manhã do dia 9 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica na cidade de Nagasaki, no contexto da Segunda Guerra Mundial.

Neste dia, os católicos do Japão e do mundo celebravam a Solenidade da Assunção de Maria. Muitas pessoas estavam na Catedral de Urakami, igreja que tinha uma estátua da Virgem Maria inspirada na Imaculada Conceição, do pintor espanhol Bartolomé Esteban Murillo.

Todos morreram na hora quando, em plena oração, a bomba explodiu a meio quilômetro deles. A Catedral ficou em ruínas, e a imagem da Virgem Maria, destruída. No entanto, o busto não se quebrou.

De acordo com a ACI Prensa:

“Quando o busto foi encontrado, o rosto da Virgem parecia fatalmente danificado, com as órbitas dos olhos vazias, bochechas e cabelos carbonizados, e com uma lacuna no lado esquerdo do rosto que, segundo os crentes, causava a impressão de serem lágrimas da Mãe de Deus.”

Virgem de Nagasaki ou a Virgem Queimada

Foi este busto que foi usado como imagem mariana na última missa do Papa Francisco na sua visita ao Japão. Um busto que é importante para os católicos japoneses, pois é um símbolo de sua fé e resistência.

Ela foi chamada de Virgem Queimada por razões óbvias. É como uma lembrança de que as portas do inferno jamais prevalecerão sobre a Igreja.

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