Mantenha isso longe dos seus filhos!
O ocultista Aaron Leighton escreveu um livro infantil sobre demônios, que ensina crianças a invocá-los. O livro, disponível em grandes lojas, incluindo Amazon e Barnes & Noble, mira os pequenos entre 5 e 10 anos. Também inclui páginas para colorir desenhos sigilos (símbolos demoníacos), com objetivo de invocá-los.
A descrição do livro na Amazon diz: “Não quer tirar o lixo hoje à noite? Talvez você esteja com dificuldades na lição de casa? Ou esse valentão está sendo um chato? Bem, pegue seus lápis de cor e habilidades para desenhos sigilosos e chame alguns demônios! Essa paródia paranormal está cheia de espíritos engraçados, mais bobos do que assustadores!”
No entanto, exorcistas alertam que o livro está longe de ser algo bobo.
A Associação Internacional de Exorcistas divulgou uma declaração no mês passado se referindo ao livro infantil. “Não se brinca com demônios. Qualquer um que convide uma criança a invocar demônios é alguém que coloca uma granada nas mãos delas para que brinquem. Mais cedo ou mais tarde, as crianças acenderão e a bomba irá explodir em suas mãos”, diz a nota.
“Qualquer um que convide uma criança a invocar demônios está dizendo a ela que é possível ter ajuda de um criminoso para conseguir alguma coisa” e “faz com que elas percam sua identidade e as torna moralmente, psicologicamente e espiritualmente destruídas”.
[Leia também: Saiba como ensinar as crianças sobre Satanás, segundo o exorcista Pe. Gabriele Amorth]
O presidente da Associação Internacional de Exorcistas, Padre Francesco Bamonte, assinou a declaração.
Os exorcistas explicaram que o livro de Leighton perigosamente normaliza o satanismo enganando as crianças, fazendo-as a pensar que o ocultismo é uma brincadeira. Isso eventualmente leva à adoração do demônio.
“Chega ao ponto de afirmar que, se o culto ao diabo se limita à simples celebração e aqueles que o praticam não cometem crimes, não há nada errado”, disseram os exorcistas.
“Qualquer um que convide uma criança a invocar demônios a está encorajando e preparando-a para ser infeliz”, continua a nota. “Eles não os apresentam [demônios] pelo que realmente são: anjos bons que voluntariamente se tornaram maus, inimigos de Deus e da humanidade… No final, definitivamente nos separando de Deus e nos conduzindo à eterna perdição – um sofrimento sem fim”.
A declaração também cita Mateus 18,6 ao dizer que “talvez aqui, mais do que em qualquer lugar, as palavras do Senhor sejam válidas: ‘Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar’.