Por 60 votos a 37, a Assembleia Nacional da França aprovou várias alterações na lei de bioética do país, o que, na prática, torna legal o aborto até os 9 meses de gestação.
A medida ainda precisa ser aprovada pelo Senado para entrar em vigor.
Se for aprovada, mulheres em situação de “sofrimento psicossocial” podem realizar abortos em qualquer estágio da gravidez.
O problema é que esta situação não é específica, e faz com que seja mais fácil para qualquer mulher praticar o ato, sem ser enquadrado como crime.
Atualmente, o aborto tardio é permitido na França em casos graves de má formação fetal ou risco de vida para a mãe.
Em nota, um grupo pró-vida francês condenou a medida e considerou o critério como “não verificável”, permitindo com que muitas mulheres possam abortar alegando diversos motivos.
O bispo de Montauban, Bernard Ginoux, também se manifestou sobre o assunto e disse: “Este é o caminho pelo qual as civilizações morrem e a índole dos povos é aniquilada. As gerações do futuro estão em grande perigo”.
Anualmente, cerca de 220 mil abortos voluntários “legais” são realizados na França.