Enquanto servia como Arcebispo de Cracóvia, o entao Cardeal Karol Wojtyla foi aos Estados Unidos para participar de um congresso eucarístico na Philadelphia, no verão de 1976. Ao final do congresso, ele fez uma viagem fora dos planos para as montanhas de Montana, a fim de visitar seu amigo, Monsenhor Joseph Gluszek.

Os dois amigos se correspondiam por cartas desde que Wojtyla foi nomeado Arcebispo de Cracóvia, en 1958. Eles se encontraram por diversas vezes na Polônia, durante visitas de Gluszek e se tornaram grandes amigos com o passar dos anos. De fato, o próprio Wojtyla peticionou ao Papa Paulo VI para tornar seu amigo Monsenhor.

A visita de Wojtyla a rural Montana foi rápida, mas monumental para os habitantes da cidade e seus arredores. Um Cardeal nunca havia visitado a cidade (e talvez nunca mais visite), levando-se em conta que a cidade não é nada além de um pequeno ponto no mapa.

São João Paulo II abençoou o povo com sua presença, celebrou a Missa, conversou com o povo e encontrou-se com seu velho amigo.

Gluszek foi ordenado sacerdote em 1935, mas seu ministério foi abruptamente interrompido no início da II Guerra Mundial. Como um jovem padre, Gluszek foi preso pelos nazistas em 1939 e enviado para Dachau. Ali permaneceu até sua libertação em 1945 pelo general Patton. Após a guerra, Gluszek decidiu se mudar para a América. Ele tinha lidado com anos de opressão nas mãos dos nazistas, e não queria permanecer na Polônia, que era agora controlada pelos comunistas.

O Bispo William J. Condon da Diocese de Great Falls, Montana, estendeu a mão para Gluszek e se ofereceu para levá-lo para a diocese. Com isso, Gluszek deu adeus à sua terra natal e se dirigiu a oeste de Montana.

Refletindo sobre a visita de Wojtyla, Monsenhor Gluszek disse:

“As pessoas que o conheceram em Stanford, Geyser e Great Falls ficaram maravilhadas, e perguntavam: “Como pode um cardeal ser tão acessível?” Ele abraçava todo mundo, e todos ficaram espantados. Foi simplesmente maravilhoso com as pessoas. Celebrou uma missa para nós e para as pessoas da minha paróquia. Ele pregou um pequeno sermão em Inglês – falou Inglês muito bem”.

Após a missa em Stanford, as pessoas foram convidadas para um almoço com o futuro papa. Ele comeu e conversou com elas, e, posteriormente, todos foram convidados a genuflexão ao cardeal e beijar seu anel como sinal de reverência.

Gerald, que tinha 12 anos na época, estava presente e teve a oportunidade de conhecer o cardeal Wojtyla. Eles apertaram as mãos e conversaram por alguns minutos e Wojtyla deu-lhe um santinho com a imagem sobre ele. A experiência de encontrar um cardeal foi emocionante para o meu tio e o povo de Geyser e Stanford .

De todos os lugares do mundo para um homem da grandeza de Wojtyla visitar, Montana não parece ser um destino provável. A pequena cidade tem mais vacas do que as pessoas, e ainda assim São João Paulo II abençoou esta comunidade com a sua presença.

Publicado originalmente em Mountain Catholic.

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