Triste dia para a vida!
Nesta quinta-feira (28), o presidente dos Estados Unidos Joe Biden oficializou a saída do país da aliança mundial contra o aborto. Ele assinou uma ordem executiva revogando a política da Cidade do México, reimplementada pelo ex-presidente Donald Trump, e que impedia organizações abortistas fora dos EUA de receberem recursos financeiros do governo.
A decisão já havia sido anunciada pelo conselheiro da Casa Branca, Anthony Fauci, na semanada passada. Ele garantiu que o governo agora abandonará a “agenda antiaborto” e passará a defender o acesso à “saúde reprodutiva das mulheres”.
O acordo surgiu em 1984, no governo do presidente Ronald Reagan, e desde então, vem sendo mudada praticamente de presidente para presidente. Em geral, os governos republicanos a mantém e os democratas -partido de Biden- a revogam durante suas administrações.
Bispos americanos reagem
De acordo com a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), esta política “assegurava que os dólares dos contribuintes fossem destinados apenas a organizações que concordassem em fornecer serviços de saúde de maneira que respeitasse a dignidade de todas as pessoas”.
Em um comunicado, Dom Joseph F. Naumann (arcebispo de Kansas City e presidente do Comitê de Atividades Pró-Vida do Episcopado dos EUA) e Dom David J. Malloy (bispo de Rockford e presidente do Comitê Internacional de Justiça e Paz) rechaçaram a decisão.
“É lamentável que uma das primeiras ações oficiais do presidente Biden promova a destruição da vida humana nos países em desenvolvimento (…) Esta ordem executiva é antiética para a razão, viola a dignidade humana e é incompatível com o ensinamento católico. Nós e nossos irmãos bispos nos opomos firmemente a esta ação”, diz a nota.
“Como o maior provedor de saúde não governamental do mundo, a Igreja Católica está pronta para trabalhar com ele e sua administração para promover a saúde global das mulheres de uma forma que contribua para o desenvolvimento humano integral, salvaguardando os direitos humanos inerentes e a dignidade de toda vida humana, começando no ventre“.
“Para servir nossos irmãos e irmãs com respeito é necessário que este cuidado comece garantindo que os nascituros estejam livres da violência, reconhecendo cada pessoa como filho de Deus. Esperamos que a nova administração trabalhe conosco para responder a essas necessidades importantes” termina.
Dois dias antes da ordem executiva sair, foi divulgada uma pesquisa da Ordem dos Cavaleiros de Colombo junto com o Instituto Marist Poll que revelou que 77% dos norte-americanos são contra o financiamento de aborto pelo estado.