O Papa Francisco faleceu aos 88 anos. E, com isso, a Igreja entrou em luto — e a canonização de Carlo Acutis foi oficialmente adiada.

Mais de 80 mil adolescentes já estavam a caminho de Roma. E, mesmo sem Carlo nos altares (ainda), viveram uma experiência que tocou profundamente suas almas: uma peregrinação inesperada... para se despedir de um Papa amado.

“Não foi a peregrinação que planejamos. Mas é a que o Senhor quis.”

Kevin Banich, diretor da Roncalli High School em Indianápolis, compartilhou ao National Catholic Register que seu grupo embarcaria para Roma no mesmo dia em que recebeu a notícia da morte do Papa.

A viagem, organizada pela Verso Ministries, seguiu confirmada. Eles visitariam Assis e depois seguiriam para o Vaticano — onde agora teriam a chance de rezar diante do corpo do Santo Padre.

“O plano mudou. Mas não era o nosso plano, era o plano de Deus para nós. E estamos prontos para vivê-lo com fé”, afirmou Banich.

De Carlo para Francisco: uma jornada providencial

Fatima Soberanes, 15 anos, uma das estudantes do grupo, disse ao Register que, apesar da decepção inicial, logo entendeu o sentido maior da viagem:

“Estar aqui e ver tudo isso… parece que Deus nos trouxe para algo ainda mais profundo. A canonização vai acontecer depois. Mas hoje estamos vivendo a santidade com os nossos próprios pés.”

Outro estudante, Lily Bauman, resumiu o sentimento do grupo:

“É estranho, mas é como se estivéssemos no lugar certo, mesmo sem saber.”

“O silêncio tomou a praça como uma procissão.”

O padre Epeli Qimaqima, da Austrália, também relatou ao Register a comoção de seu grupo de 40 peregrinos. Eles estavam entrando pela Porta Santa quando os sinos de São Pedro começaram a tocar, anunciando a morte do Papa.

“Ficamos em silêncio. Ninguém dizia uma palavra. E eu só lembrava da imagem do Papa Francisco sozinho na praça vazia, durante a pandemia. Agora, era a nossa vez de caminhar com ele.”

“Carlo nos trouxe até aqui. Francisco nos acolheu.”

A jornalista Sabrina Ferrisi, autora de um livro sobre Carlo Acutis, viajou com a filha para Roma. E mesmo diante do adiamento da canonização, disse ao Register:

“Há uma bênção nisso tudo. Estamos vivendo um momento histórico. Vamos rezar pelo Papa, pela Igreja, e por aquele que será escolhido para continuar a missão.”

A canonização foi adiada, mas a missão continua

Carlo Acutis dizia: “As pessoas que se colocam diante do sol se bronzeiam. As que se colocam diante da Eucaristia se tornam santas.”

Hoje, jovens de todo o mundo estão diante do coração da Igreja. Vivem o luto. Fazem memória. E seguem com esperança.

Vieram ver um jovem santo. E encontraram outro — mais velho, mais experiente, mas igualmente apaixonado por Cristo.

Dois gigantes da fé. Dois amigos do Céu. Dois guias para a juventude.

E a peregrinação que começou com um nome, agora se transforma em legado.

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