Provavelmente você leu passagens que Jesus come pão ou peixe, mas… sal? Como assim?

Depois de ressuscitar, Jesus aparece aos Seus discípulos e, mais de uma vez, Ele aceita comer alguma coisa só para provar que realmente estava ali de carne e osso e que não era um fantasma.

Em uma passagem em especial, conta-se que Jesus “um dia, estando a mesa com eles, ordenou-lhes que não saíssem de Jerusalém” (At 1, 3-4).

Mas para falar que Jesus comeu com os discípulos, Lucas, o autor do livro, na verdade usa a expressão synalizómenos, que traduzida literalmente quer dizer “comendo sal com eles”. E o que isso quer dizer?

Acontece que, no Antigo Testamento, o comer pão com sal, ou apenas o sal servia para selar alianças sólidas entre os presentes. E o sal representa bem isso, já que é conhecido por fazer os alimentos se conservarem por mais tempo.

Renovação da aliança

O Papa Bento XVI, em seu livro Jesus de Nazaré, explica melhor essa história:

“O ‘comer sal’ por parte de Jesus depois da ressurreição, que desse modo encontramos como sinal da vida nova e permanente, remete para o banquete novo do Ressuscitado com os Seus (…) É um acontecimento de aliança e por isso está em íntima conexão com a Última Ceia, na qual o Senhor instruíra a Nova Aliança“.

Ou seja, é como se Jesus estivesse renovando a aliança com o povo de Deus e chamando-o para uma comunhão mais íntima e perfeita com Ele a partir daquele momento. E está fazendo isso com cada um de nós!

Como resposta, os discípulos também são chamados a ser sal da terra (Mt 5, 13), isso significa ter um coração purificado e aberto para participar da vida de Cristo e se doar por inteiro ao Reino de Deus.

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