Revoltante!

O Pe. Joseph Thomas foi até o Hospital Irmã Dulce, em São Paulo, para dar a Extrema Unção a Evandirce de Carvalho, a pedido do marido dela, mas foi proibido!

E o pior, a idosa de 79 anos morreu uma hora depois, sem receber o sacramento.

Veja o que aconteceu:

O sacerdote contou ao G1: “Um senhor daqui da comunidade me procurou por volta das 22h30 de sábado (4). Ele estava desesperado porque a esposa teve um AVC e estava internada no Hospital Irmã Dulce“.

Pe. Joseph prontamente ligou para o hospital para saber sobre os horários de visitas e perguntar quando poderia ir. Por telefone, uma enfermeira lhe sugeriu no domingo às 15h.

Porém, não contava com esta grande injustiça:

Quando o padre chegou, junto com Manoel de Carvalho, marido da senhora, o hospital não permitiu a sua entrada.

“Eu tenho crachá para entrar no hospital, mas mesmo apresentando lá na hora, não deixaram”, disse Pe. Joseph.

Aqui está a foto da identificação:

Crédito: Pe. Joseph Thomas/Arquivo

Angustiado, Seu Manoel ainda tentou explicar aos funcionários do hospital que sua esposa estava morrendo e que queria que o padre desse a Extrema Unção a ela.

“Mas eles falaram que eu estava proibido de entrar devido ao coronavírus”, disse o sacerdote.

A Extrema Unção deve ser respeitada

Existe uma lei no Brasil que garante o acesso dos “religiosos de todas as confissões o acesso aos hospitais da rede pública ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar atendimento religioso aos internados.”

Pe. Joseph conta que citou este fato e os funcionários entraram em contato com o chefe da segurança, mas ele também proibiu a entrada.

“Até deixei recado para eles e disse que se algo acontecesse, seria culpa deles. Porque eu só estava fazendo minha parte, que é garantida por lei”, explicou.

Não foi a primeira vez

O padre disse que, infelizmente, esse não foi o primeiro episódio do tipo. “Já teve casos de padres serem humilhados. Depois de várias confusões, conseguimos crachá para entrar sem nenhuma barreira há cerca de cinco anos. Mas tem hospital que não respeita e não autoriza. Essa família da idosa quer até fazer queixa do que aconteceu no local”.

E se mostrou frustrado com toda a situação: “Eu fui até no horário de visita, para não ter problema. Então fiquei bem chateado, porque nunca saio na rua, foi nesse caso especial que sai, com uso de máscara e álcool, para ajudar a família. Estou revoltado”.

É ridículo acontecer isso. O padre foi com todo carinho dar a unção para a minha mulher, que estava com estado grave. Ele conhecia ela há muitos anos e nós fazíamos parte até do coral da igreja. Uma hora depois que ele foi impedido de entrar, ela morreu”, contou Manoel de Carvalho Neto, de 61 anos, marido da idosa.

A explicação do hospital

O Hospital Municipal Irmã Dulce divulgou uma nota afirmando que o padre apenas perguntou na recepção se as visitas aos pacientes já estavam liberadas.

Sem explicar que se tratava de uma Extrema Unção, o que, segundo o comunicado, teria garantido o acesso do padre à ala onde estava a enferma.

E que por causa da pandemia da Covid-19, um decreto municipal garante que as visitas aos pacientes internados no Hospital Irmã Dulce e Unidades de Pronto Atendimento estão suspensas por tempo indeterminado.

O que você achou da história?

Rezemos pela alma desta senhora e por todos os enfermos!

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