Padre Pio e os encontros com o menino anglicano que tinha leucemia
Através dos anos, muitas histórias de extraordinários milagres de São Padre Pio se espalharam de leste a oeste, transformando corações e mentes de muitos que ouviam os dons, graças e poderes de Deus através dele e da sua fé inabalável.
Mas uma história permanece desconhecida: a de São Padre Pio com o jovem Brian.
Esta história emocionante foi originalmente escrita pela falecida Anne McGinn Cillis em seu livro “Brian: A Maravilhosa História de Padre Pio e um Menino Anglicano”.
McGinn era uma das filhas espirituais de São Padre Pio e uma escritora canadense católica.
O poder da oração incansável
O jovem Brian nasceu de John e Maureen, um casal anglicano que vivia em Liverpool, na Inglaterra. Logo após seu nascimento, Brian foi batizado na igreja anglicana. Ele sempre foi uma criança alegre e divertida. No entanto, quando Brian tinha dois anos de idade, a vida mudou bastante para ele e sua família.
Durante duas semanas de férias em família, Brian começou a aparentar cansaço e fraqueza. Depois, a causa da saúde em declínio de Brian foi descoberta: Brian tinha leucemia e apenas 6 meses de vida.
Angustiada, a mãe de Brian se voltou para a oração e começou a pedir freneticamente aos amigos que rezassem pelo seu filho. Depois de rezar o ‘Pai Nosso’ e aprender a recitar a ‘Ave Maria’ pela primeira vez, a mãe de Brian fez um último pedido. “Pat”, disse ela a uma antiga amiga, “existe mais ALGUÉM para quem possamos rezar também?”
“Reze para o Padre Pio”, disse ela. Era 1971 e, embora o sacerdote tivesse morrido em 1968, as histórias de seus milagres estavam se espalhando rapidamente.
“Quem é Padre Pio”, Maureen perguntou. Mas sua amiga simplesmente respondeu “Só reze”.
Apesar de não saberem quase nada sobre Padre Pio, grande parte da família de Brian se voltou para esse grande santo, monge estigmático e milagroso, buscando desesperadamente sua poderosa intercessão.
O visitante misterioso
Uma noite, Brian recebeu um visitante inesperado. Com o passar das semanas, o menino falou repetidamente sobre um homem desconhecido que o visitava regularmente. Mas ninguém viu nenhum homem.
Algum tempo depois, Maureen foi contactada por Eddie, irmão de sua amiga, que era seminarista dos Oblatos da Virgem Maria em San Vittorino, perto de Roma. Ele ouviu falar dos misteriosos encontros de Brian e queria falar com a criança.
“Brian, seria bom você perguntar ao homem o nome dele na próxima vez que ele vier”, Eddie disse ao garoto. E assim ele o fez. Um dia, a mãe de Brian perguntou ao filho se ele já havia descoberto o nome do estranho e Brian respondeu: “Ah, sim… Ele disse que nome dele é Padre Pio”.
“Ele usa um vestido marrom comprido e tem buracos nas mãos e nos pés”, explicou Brian.
A partir daí, o belo aroma do incenso permeou o quarto de Brian. Segundo Eddie, Maureen disse que parecia o “adorável perfume que vocês têm na Igreja Católica” ou ao incenso usado durante as bênçãos.
O aprofundamento da fé de Brian e o medalhão brilhante
Para uma criança, o crescimento da fé de Brian foi gigante: ele desenvolveu uma poderosa devoção a Nossa Senhora e ao Crucifixo – duas das grandes devoções de São Pio.
“Mamãe, eu te amo mais do que qualquer outra pessoa no mundo inteiro”, Brian disse uma vez à mãe: “Mas eu amo a Minha Senhora ainda mais.”
Um dia, com a permissão dos pais de Brian, Eddie levou a criança a um mosteiro franciscano. No momento em que Brian viu um grande crucifixo no canto da Igreja, ele foi atraído para o local e começou a contemplar os mistérios da paixão de Cristo em detalhes.
“Quando aqueles homens maus crucificaram Jesus, Eddie, eles foram até a parte de trás do crucifixo e bateram nas suas unhas, só para fazer doer mais?” perguntou Brian.
Para uma criança de três anos, Brian podia entender a crueldade da agonia de Cristo com tantos detalhes – um presente dado a certos místicos ao longo dos séculos. Brian estava completamente envolvido no amor de Deus.
Em outra ocasião, Pat, a amiga de Maureen, deu ao pequeno Brian uma imagem de plástico de Nossa Senhora de Lourdes, com água benta. Logo depois, Brian pediu à mãe o medalhão de ouro que ela usava no pescoço para que ele pudesse colocá-lo na estátua.
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“Mamãe, por favor, me dá esse medalhão. Quero para a Minha Senhora”, disse Brian.
O medalhão de ouro costumava brilhar durante a noite. E apesar das várias tentativas do pai de Brian de mover a estátua pela sala para analisar se era apenas a forma como a luz batia no medalhão, ela sempre brilhava.
Brian colocado à prova
Um dia, Eddie decidiu testar Brian, mostrando-lhe duas fotos dos frades capuchinhos e uma imagem do Padre Pio para identificar se era ou não o padre Pio visitando a criança.
Eddie disse ao ChurchPOP: “Eu mostrei a ele a primeira foto de um padre capuchinho, perguntando se ele o conhecia. Ele respondeu: Não. Depois de alguns minutos, mostrei a ele outra foto, do mesmo tamanho para não confundi-lo, com a mesma pergunta. Mais uma vez, ele respondeu “não”.
“Depois de alguns minutos, coloquei uma foto do mesmo tamanho do Padre Pio em uma mesa, sem dizer nada. Ele viu a foto e disse: Esse é o homem que vem me ver. Esse é o Padre Pio”.
“Eu então o desafiei sutilmente, dizendo ‘Você disse que não conhecia o homem’. Ele respondeu: Oh, não, Eddie, eu não conhecia o outro homem. Mas esse é o Padre Pio.”
“Com isso, ele identificou claramente Padre Pio. Fiquei satisfeito por ele estar, de fato, vendo-o!”
O destemor do pequeno Brian diante da morte
Brian era um farol de esperança e fonte de inspiração para muitas outras crianças que lutavam contra a leucemia. Sua força e perseverança constantes chocaram seus médicos. Um médico disse: “Sra. D., algo ou alguém está mantendo a criança viva. Ele certamente deveria estar morto“.
Durante as últimas semanas de Brian, ele distribuiu centenas de medalhas milagrosas para quem estava ao seu redor.
Para o pequeno, a morte era apenas a porta de entrada para a eternidade. Quanto mais a saúde do menino de três anos piorava, mais ele se sentia perto de Cristo e mais apaixonadamente falava sobre Nossa Senhora.
“Mamãe… Você vai ter que pedir ao papai para arranjar outro menininho…” Brian disse uma vez. “Padre Pio me disse que virá muito em breve, agora para me levar a Minha Senhora.”
Quando o pequeno Brian estava no agonizante leito de morte em seus últimos dias, um de seus pedidos finais foi que a imagem de Nossa Senhora de Lourdes fosse colocada onde ele pudesse vê-la.
Caindo de joelhos e se rendendo totalmente à vontade de Deus, a mãe de Brian disse: “Jesus, se Tu realmente o queres, então eu o dou a Ti. Mas me dê um sinal! Em seguida, dois raios de luz convergiram para Brian, que deu um último suspiro e morreu em paz.
Apesar da vida do pequeno Brian ter sido curta, esse menino alcançou o auge da santidade aos três anos de idade.
Nos encontros miraculosos de Brian com São Padre Pio, ele desenvolveu uma profunda admiração pelo sacrifício de Cristo por nós no Calvário e buscou a proteção constante sob o manto de Nossa Mãe Santíssima.
Nas palavras de Anne McGinn Cillis, a autora original desse incrível relato, a história de Brian “pode continuar, em todo o mundo, em todas as línguas, como um testemunho nesses tempos perversos, de fé em milagres, de respostas rápidas a oração, pela eficácia da devoção à grande Mãe de Deus e como penhor da existência inquestionável de um futuro luminoso”.