O ‘Ajude a Igreja que Sofre’ informou que quatro seminaristas foram sequestrados na Nigéria por homens armados que invadiram o Seminário Maior no dia 8 de janeiro. Os sequestradores roubaram primeiro o Seminário Maior do Bom Pastor em Kaduna antes de levar os quatro estudantes, com idades entre 18 a 23 anos, que começaram recentemente a estudar para o sacerdócio.
Segundo o comunicado de imprensa divulgado no dia 13 de janeiro, não há informações sobre o paradeiro deles e o motivo da ação.
“A situação de segurança em toda a região do Cinturão Médio é extremamente precária, devido aos numerosos ataques, principalmente contra aldeias cristãs por parte de pastores muçulmanos geralmente de Fulani”, explica o comunicado.
“Milhares foram assassinados e outros milhares viram suas casas destruídas. Enquanto isso, no nordeste da Nigéria, Boko Haram e o Estado Islâmico da África Ocidental continuam suas campanhas terroristas”.
A organização sem fins lucrativos também lançou as identidades dos seminaristas: Pius Kanwai (19), Peter Umenukor, (23), Stephen Amos (23) e Michael Nnadi (18).
Veja as fotos dos quatro seminaristas sequestrados:


Este sequestro na Nigéria não é um caso isolado. Muitos outros sequestros e assassinatos ocorreram nos últimos anos, especialmente entre sacerdotes e cristãos nigerianos.
“A única diferença entre o governo e o Boko Haram é que o Boko Haram está segurando uma bomba”.
O presidente executivo Thomas Heine-Geldern do ‘Ajude a Igreja que Sofre Internacional’ disse: “A situação de segurança na Nigéria é espantosa. As gangues criminosas estão explorando ainda mais a situação caótica e piorando as coisas”.
“Os assassinatos e sequestros me lembram da situação no Iraque antes da invasão do ISIS,” disse Heine-Geldern. “E já nesta época, os cristãos estavam sendo sequestrados, roubados e assassinados porque não havia proteção do estado. Não se deve permitir que isso aconteça aos cristãos da Nigéria. O governo deve agir agora, antes que seja tarde demais”.
Ele também falou em nome das famílias dos seminaristas, dizendo que “devem estar passando por um momento terrível” e que “os cristãos nigerianos passaram pelo inferno, mas a fé deles permanece inabalável”.