No dia 3 de junho, celebramos a Festa do Apóstolo São Tomé. Você sabia que ele fala da misericórdia de Jesus? O Papa Francisco nos explica.

São Tomé é aquele apóstolo que inicialmente duvidou que Cristo havia ressuscitado. Uma semana depois, o que fez Jesus diante da sua incredulidade? Nosso Senhor apareceu e lhe mostrou Suas chagas.

Então Tomé acreditou. Mas este episódio nos revela um aspecto emocionante da Misericórdia Divina.

São Tomé: Meditações do Papa Francisco sobre a Misericórdia Divina

“Tomé era teimoso. Ele não havia acreditado ou encontrado fé, precisamente quando tocou as feridas do Senhor. Uma fé que não pode ser mergulhada nas feridas do Senhor não é fé. Uma fé que não é capaz de ser misericordiosa, como as chagas do Senhor, que são um sinal de misericórdia, não é fé: é uma mera ideia, é uma ideologia.

Nossa fé está encarnada em um Deus que se fez carne, que se tornou pecado, que se encheu de feridas por nós. É por isso que, se queremos acreditar seriamente e ter fé, devemos nos aproximar e tocar essa chaga, acariciá-la e também inclinar a cabeça e deixar que outros aliviem nossas chagas”.
(Vigília de oração na véspera da Festa da Divina Misericórdia, 02.04.2016).

“Jesus Cristo não apareceu ao seu povo sem feridas; Foi justamente por Suas feridas que Tomé pôde confessar sua fé. Somos convidados a não negar nem esconder nossas feridas. Uma Igreja com feridas é capaz de compreender as feridas do mundo atual e assumí-las, sofrê-las, acompanhá-las e curá-las.

Uma Igreja com feridas não se coloca no centro, não se considera perfeita, mas coloca no centro o único que pode curar feridas e que tem um nome: Jesus Cristo“.
(Santiago, Chile, 16.01.2018).

“Entrar nas Tuas chagas significa contemplar o amor sem medida que flui do Teu coração. Esta é a maneira. Significa entender que Teu coração bate por mim, por Ti, por cada um de nós (…) Do coração Tomé vem a resposta: ‘Meu Senhor e meu Deus!”.

Entrando hoje, através das feridas, no mistério de Deus, entendemos que a misericórdia não é só mais uma das suas qualidades, mas a batida de Seu coração. E então, como Tomé, não vivemos mais como discípulos vacilantes; dedicado, mas hesitante; Nós também nos apaixonamos verdadeiramente pelo Senhor!”
(Missa dominical da Divina Misericórdia, 08.04.2018).

“O Ressuscitado é o Crucificado; E não outra pessoa. Indelével em Seu corpo glorioso, Ele traz feridas: feridas que se tornaram rachaduras de esperança. Esperamos que Ele cure as feridas da humanidade atribulada”.
(Mensagem ‘Urbi et orbi’, 12.04.2020).

“Voltemos aos discípulos… Durante a Paixão, abandonaram o Senhor e se sentiram culpados. Mas Jesus, ao se encontrar com eles, não lhes dá um sermão. A eles, que foram feridos por dentro, Jesus lhes mostra Suas feridas. Tomé pode tocá-las e encontra amor: descobre quanto Jesus havia sofrido por Ele, que O tinha abandonado.

Nestas feridas, toca na doce proximidade de Deus com sua mão. Tomé, que chegou tarde, quando abraça a misericórdia, supera os outros discípulos: acredita não apenas na ressurreição, mas também no amor ilimitado de Deus. E faz com que a profissão de fé seja mais simples e bonita: Meu Senhor e meu Deus! (Jo 20, 28).

Esta é a ressurreição do discípulo: acontece quando sua humanidade, frágil e ferida, entra na de Jesus. Aqui as dúvidas se dissipam; aqui Deus se torna meu Deus; aqui começa a aceitar novamente e amar sua própria vida”.
(Missa dominical da Divina Misericórdia, 19.04.2020).

“Ele mesmo ofereceu Suas mãos e Seu lado ferido como uma forma de ressurreição. Não oculta nem esconde Suas feridas; pelo contrário, convida Tomé a tocar com sua mão para ver como uma ferida pode ser fonte de vida em abundância”.
(Carta aos Padres de Roma, 31.05.2020).

São Tomé, ajuda-nos a curar nossas feridas nas feridas de Cristo!
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