”Esquire Magazine não é o tipo de publicação que você verá o ChurchPOP recomendando, porém no dia 24 de agosto publicou um artigo fascinante intitulado ”O que aconteceu quando me vesti como um padre: uma investigação sobre o poder do uniforme.”

O autor decidiu fazer um experimento para testar o poder de vários uniformes. Ele comprou quatro: o de um padre católico, guarda de segurança, mecânico e médico.

Ele explica por que queria fazer a experiência:

Eu não tenho uniforme. […] Eu tenho uma camisa azul, é muito bom quando quero usá-la. Minha escolha. Isto é uma liberdade que ganhamos em alguma mudança social em uma ou outra onda populista do século passado. As pessoas veem isso como uma espécie de libertação. Somos indivíduos, acima de tudo. Nós não somos autômatos ou drones. Nós não somos o nosso trabalho. E assim por diante.

No entanto, muitas pessoas vestem um uniforme para o trabalho todos os dias. (…) Um bom uniforme representa. Ele garante que você será reconhecido e indica sua missão. Uma vez que você o veste, sua postura muda. Todo mundo reage a isso. Abre ou fecha portas…

A primeira parte de seu artigo descreve como foi sua experiência vestindo uma batina sacerdotal pelas ruas de Chicago. Ele disse que não mentiria se as pessoas perguntassem se era ou não padre. Simplesmente usava as roupas sacerdotais para ver o que aconteceria.

Eu recomendo que você leia o artigo inteiro, mas aqui estão 5 coisas sobre sua experiência que se destacaram:

1) As pessoas o olhavam por onde ia:

“Uma hora com o uniforme e já soube disto: Em um dia maravilhoso de verão, em uma grande cidade, um padre com batina é algo digno de contemplar. As pessoas estabelecem contato visual com um padre, inclinam a cabeça ou o fazem ligeiramente. Também ficam olhando, respeitosamente. De longe”.

“Ao caminhar acompanhados, os homens deixam de lado sua forma habitual de comportar-se para dizer bruscamente ‘bom dia, padre’. O que é um hábito aprendido no ensino médio”.

2) As pessoas queriam tocá-lo:

“Em geral, quando colocamos um uniforme, ninguém te toca. Exceto quando é o de sacerdote; as pessoas querem tocar o sacerdote. No pulso, na maioria das vezes. Aconteceu comigo doze vezes, pelo menos um pequeno contato no meio de uma conversa”.

“Foi estranho, a roupa de padre me exigia fisicamente. Durante o dia inteiro tive que dar abraços, ajoelhar-me para falar com as crianças e inclinar-me para as selfies”.

3) Os moradores de rua o buscavam a fim de pedir-lhe ajuda:

“Especialmente as pessoas necessitadas. Durante todo o dia me encontrava com homens e famílias que moravam na rua. Às vezes, me procuravam e seguravam o meu pulso. Duas vezes me pediram uma bênção que não podia dar. Não da maneira que queriam. Queria ser capaz de fazer um serviço ao mundo e descobri que não podia fazer nada”.

O uniforme vem com um pouco de responsabilidade, do contrário, torna-se simplesmente uma roupa. Comecei me ajoelhando, segurando uma nota de dez dólares e dizendo: ‘Não sou um padre, mas te entendo’. Não tive que fazê-lo apenas uma vez, fiz 24 vezes. Chicago é uma cidade grande, com uma grande quantidade de almas necessitadas. Isso fez com que eu me sentisse mais triste do que podia imaginar”.

4) Tornou-se atração turística da cidade:

“Esgotado, o autor do artigo ainda vestido como presbítero, dirigiu-se a um carrinho de comida, comprou um sanduíche e saudou um ônibus turístico que tocou a buzina para ele. Eles também lhe devolveram a saudação”.

5) É difícil ser sacerdote

Depois de ver a forma como muitas pessoas se dirigiam até ele em busca de ajuda ou esperança, o autor conclui: “Foi estranho, a roupa de sacerdote é o uniforme mais exigente[…] É fácil colocar uma batina, mas não é nada fácil levá-la”.

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