Pe. Andrew Infanger, de 32 anos, tem um relacionamento para lá de especial com o Pe. Peter Infanger, de 65 anos. Isso porque além de compartilharem a mesma vocação ao sacerdócio, eles estão unidos pelos laços sanguíneos. Pe. Andrew é filho biológico de Pe. Peter!

Continue lendo para conhecer este lindo testemunho!

Tudo começou nos anos 1980, quando Peter Infanger começou a ter muitos problemas no matrimônio, a ponto de deixar a esposa e os dois filhos.

Foi aconselhado por muitas pessoas a pedir o divórcio, mas um primo lhe disse algo que lhe fez pensar melhor. “Ele me apresentou a Deus, que sabia meu nome, tinha um plano para mim e me amava sobre todas as coisas”, contou o sacerdote ao National Catholic Register.

Foi então que ele começou, de fato, a ser um católico “praticante”, passou a ler a Bíblia e se reconciliou com a esposa. “Aprendi aos 34 anos que não sabia nada, e tive que começar do zero. Deus foi gentil comigo porque Ele percebeu que eu tinha muito a percorrer”.

Com a fé inflamada, até quis desistir do emprego que tinha para estar em um ministério com total dedicação, mas sua esposa o convenceu a deixar essa opção para depois da aposentadoria. Então ele começou a ensinar catequese, ajudar os pobres, visitar presídios, entre outras coisas.

Pe. Andrew até conta uma história engraçada sobre o pai durante uma viagem de família que fizeram na infância. Eles estavam na Jamaica e, surpreendentemente, Peter apareceu no hotel com um padre para celebrar uma Missa. E brinca: “Na hora eu achei chato, eu só queria sentar na praia”.

Quando Andrew virou adolescente, começou a participar mais ativamente das atividades missionárias das Expedições da Juventude Católica em Wisonsin e, ano depois, ingressou no Seminário de São Francisco, na mesma cidade.

Enquanto isso, Peter foi transferido no trabalho e foi morar em Chicago em 2013. Foi aí que sua esposa morreu repentinamente, vítima de câncer de mama. Sem saber o que fazer, começou a considerar novamente a ideia do ministério, até que alguns amigos perguntaram se ele não pensava em ser padre.

Pe. Andrew conta que, de início, ele e o irmão mais velho Michael incentivaram o pai a virar Diácono. “Eu acho que no fundo existe um medo de que: se ele virar padre, o que vai acontecer com a nossa família?”

Mas percebendo a vocação, Pe. Peter ingressou no Seminário de Mundelein aos 59 anos.

Ele conta que, durante este tempo, aprendeu muita coisa sobre o casamento que queria ter conhecido antes, mas agora tem a oportunidade de ajudar outros casais.

“Tudo o que fazia no ministério como pessoa casada ainda faço, a diferença é que agora estou pregando todos os dias, ouvindo confissões, aconselhando pessoas, ungindo doentes no hospital. Acho que Deus me deu a chance de redimir os erros que cometi na primeira metade da minha vida, então fico feliz que Deus tenha me ensinado a humildade“.

Sobre a relação de pai e filho, Pe. Peter conta que, no dia da sua ordenação, o filho já ordenado Pe. Andrew pediu para que ele não deixasse de ser seu pai. “Eu tentei respeitar isso. Ele perdeu a mãe, não achei que queria perder o pai”, explica.

Os dois têm uma ótima relação que, claro, agora é mais forte ainda. “Acho que para todo mundo, particularmente para pais e filhos, chega um momento em que você consegue entender melhor o seu pai”, disse Pe. Andrew.

E claro, Pe. Andrew retribui todo o ensinamento que ganhou do pai durante a vida lhe ajudando… com dicas de homilia.

“Pe. Andrew é um excelente pregador, e tenho aprendido muito com ele. Ele consegue falar espontaneamente e sem precisar tomar notas, duas coisas com as quais tenho dificuldade”, diz Pe. Peter.

Rezemos pelos sacerdotes e pelas famílias!

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