O arcebispo de São Francisco, na Califórnia, Dom Salvatore J. Cordileone, organizou uma procissão com o Santíssimo Sacramento no dia 20 de setembro como forma de responder às medidas restritivas do governo contra as missas.

A procissão começou na nas igrejas de Santo Antônio, São Patrício e Estrela do Mar. Cada grupo se dirigiu à praça das Nações Unidas e concluiram na Catedral de Santa Maria da Assunção.

O arcebispo Cordileone e vários outros padres celebraram diversas missas simultaneamente em frente à Catedral.

Um porta-voz da Arquidiocese informou que aproximadamente 1500 pessoas estiveram presentes.

A cidade de São Francisco anunciou que os templos religiosos podem realizar celebrações com 50 pessoas em locais abertos, mas apenas uma pessoa pode rezar por vez dentro da igreja. A Catedral de Santa Maria da Assunção tem capacidade para 2500 pessoas.

No entanto, academias, shoppings e outros lugares públicos com reabriram com permissão para receber muito mais gente que as igrejas.

“Uma pessoa por vez nesta enorme Catedral para rezar? Isto é um insulto. É uma brincadeira. Eles estão nos ridicularizando, e pior, ridicularizando Deus”, disse o arcebispo durante a homilia no protesto “Liberem a Missa”.

“A fé ainda está viva e bem, mas as pessoas estão feridas”, acrescentou.

“Eu quero que as pessoas saibam que nossa população está sofrendo porque não pode ir para a igreja, não pode receber os sacramentos, não pode exercitar seu direito natural protegido pela lei: adorar sem sofrer punição da nossa cidade“.

Aqui está o vídeo da procissão “Liberem a Missa”:

Clique aqui caso não consiga ver o vídeo

Aqui está o que o arcebispo Cordileone disse:

“Não importa quão ricos ou pobres, sejam recém-chegados ou de famílias que estão aqui há muitas gerações, é nossa fé católica que nos une, e é por causa da nossa fé católica que estamos sendo colocados no fim do a linha.”

“Meses atrás, apresentamos um plano de segurança à cidade, incluindo máscaras e distanciamento social. Assim como as lojas fechas fizeram. A cidade disse sim ao varejo, mas nós, católicos, ainda estamos esperando uma resposta”.

“A cidade continua a colocar restrições irrealistas e sufocantes ao nosso direito natural e constitucional de culto. Chegamos ao fim da linha no sentido de servir aos outros com humildade, mas isso não significa que aceitamos a injustiça”.

“Então, nós lutamos por justiça, mas não lutamos como o mundo luta, onde eles estão batendo uns nos outros para conseguir o que querem e têm domínio sobre os outros. Estamos lutando, como eu disse, para a glória de Deus.”

“Deus tem que ser respeitado na sociedade. Enquanto continuarmos rejeitando a Deus, continuaremos sofrendo todos os problemas e tormentos pelos quais temos passado”.

“Por que podemos fazer compras na Nordstrom [supermercado] com 25% da capacidade, mas apenas um de vocês pode rezar por vez nesta grande catedral, que é a catedral de vocês? Isso é igualdade?

“Não, não há nenhuma razão para esta nova regra, exceto o desejo de colocar os católicos -colocar você- no final da linha”.

“Durante meses, implorei à cidade em nome de vocês, defendendo a necessidade do consolo da missa e do consolo que vocês têm da prática de fé em união com a comunidade de fé”.

A prefeitura nos ignorou. A prefeitura ignorou vocês. Eles não negaram, mas simplesmente ignoraram vocês. Ficou claro para mim que eles simplesmente não se importam com vocês. Para eles vocês não são nada. Para eles, vocês não importam”.

“Para mim, vocês importam. Para mim, você são muito importantes. Por favor, não me entendam mal. Não quero dizer que devemos aceitar a injustiça. Temos suportado pacientemente o tratamento injusto por tempo suficiente e agora é hora de nos unirmos para testemunhar nossa fé e a primazia de Deus e dizer à Prefeitura: ‘Chega!’“.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ajudai o povo de Deus!

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