O democrata Joe Biden mal assumiu a presidência dos Estados Unidos, mas seu governo já está promovendo retrocesso em temas como a vida humana. O conselheiro da Casa Branca, Anthony Fauci, anunciou em discurso na OMS que o governo agora abandonará a “agenda antiaborto” e passará a defender o acesso à “saúde reprodutiva das mulheres”.
“Será nossa política apoiar a saúde sexual e reprodutiva de mulheres e meninas e os direitos reprodutivos nos Estados Unidos, assim como a nível global. Para isso, o presidente Biden revogará a Política da Cidade do México nos próximos dias, como parte de seu compromisso mais amplo de proteger a saúde das mulheres e promover a igualdade de gênero em casa e no mundo inteiro”, disse Fauci.
A Política da Cidade do México, que tirava o direito de ONGs de incentivarem e praticarem abortos, havia sido adotada pelos Estados Unidos sob comando do ex-presidente Donald Trump.
Joe Biden se declara católico, mas muitas de suas posições a favor do aborto, contra a liberdade religiosa e a favor da ideologia de gênero e união gay contradizem a doutrina católica. Tanto que, enquanto era candidato, um padre negou a comunhão ao democrata por saber de sua posição favorável ao aborto.
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Além de defender tais pautas, Biden já nomeou em seu governo vários outros “católicos” que também defendem abertamente o aborto.
E na última quarta-feira (20), nomeou Samantha Power, ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU e defensora do aborto, como a administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Ela atuou como embaixadora no governo de Barack Obama, e defendeu “direitos” LGBT e integrou Conselho de Segurança Nacional, lutando pelo aborto como “direito das mulheres”. Tanto que a Planned Parenthood Global, uma maiores multinacionais abortistas a elogiaram como grande defensora dos “direitos humanos”.
Lutar contra o aborto é ‘prioridade preeminente‘, dizem bispos norte-americanos
No dia 20 de janeiro, dia da posse do novo presidente, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) enviou uma mensagem a Biden ressaltando a importância de lutar a favor da vida.
A mensagem, assinada pelo presidente Dom José Gomez, diz que “para os bispos da nação, a contínua injustiça do aborto continua sendo a ‘prioridade preeminente’. Embora preeminente, não significa ‘única’. Temos uma preocupação profunda com as muitas ameaças à vida e à dignidade humanas em nossa sociedade”.
“Mas, como ensina o Papa Francisco, não podemos ficar calados quando quase um milhão de nascituros são aniquilados anualmente em nosso país com o aborto”, completou.
“O aborto é um ataque direto à vida que também fere a mulher e mina a família”, disse o arcebispo, além de ser “questão de justiça social”.
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“Em vez de impor novas expansões do aborto e da contracepção, como prometeu, tenho esperança de que o novo presidente e sua administração trabalharão com a Igreja e outras pessoas de boa vontade. Minha esperança é que possamos iniciar um diálogo para abordar os complicados fatores culturais e econômicos que motivam o aborto e desanimam as famílias”, finaliza a declaração.
O Arcebispo de San Francisco, Dom Salvatore Cordileone, também se pronunciou em defesa da mensagem da USCCB, agradecendo “por dizer claramente, mais uma vez, que opor-se à injustiça do aborto continua sendo a nossa ‘prioridade preeminente’, especificando que preeminente não significa que seja a ‘única'”,
Ele disse ainda que “os católicos devemos falar e falamos sobre muitos assuntos que afetam a igual dignidade que todos temos, mas se a vida em seus primórdios mais vulneráveis não for protegida, então nenhum de nós está seguro“.
“Afirmar a igual dignidade humana em qualquer estágio e em todas as condições é o caminho para a cura e a unidade. Uno-me ao Arcebispo Gomez para rezar pelo Presidente Biden e pelo futuro desta nação excepcional, esta é a visão que deve ser realizada em nosso tempo. Que Deus abençoe a América”, termina.