Pergunta: Qual a origem dos docinhos de Cosme e Damião?
Resposta: No dia 26 de setembro a Igreja Católica celebra os mártires São Cosme e São Damião. Sua festa é celebrada no dia 26 de Setembro no Calendário Litúrgico Romano do Rito Ordinário e no dia 27 de Setembro no Calendário Litúrgico Romano do Rito Extraordinário.
São Cosme e São Damião possivelmente eram irmãos, médicos de profissão e santos na vocação da vida. Viveram no Oriente e, desde jovens, eram habilidosos médicos. Com a conversão passaram a ser também missionários, ou seja, aproveitando a ciência com a confiança no poder da oração levavam a muitos a saúde do corpo e da alma.
Viveram na Ásia Menor, até que diante da perseguição de Diocleciano, no ano 300 da era cristã, foram presos pois eram considerados inimigos dos deuses e acusados de usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas e foram decapitados em 303 pelo seu testemunho de Jesus Cristo. São considerados os padroeiros dos farmacêuticos, médicos e das faculdades de medicina. Seus nomes entraram na Oração Eucarística I Foram martirizados por se recusarem a abjurar a Fé Católica e oferecer sacrifícios aos deuses pagãos.
De fato, esta prática de distribuir doces no dia de São Cosme e São Damião não é católica. A umbanda, para dar um o sentido de sincretismo religioso aos seus rituais supersticiosos e pagãos, adotam nomes de santos católicos para as divindades que adoram. Estas divindades não existem.
Alguns grupos concentram seus esforços para demonstrar que Cosme e Damião não existiram de fato, que eram apenas a versão cristã da lenda dos filhos gêmeos de Zeus, Castor e Pólux. Esta versão é combatida por aqueles que acreditam na real existência dos irmãos, embora a superstição que o povo tem muitas vezes faça supor que haja uma adaptação do costume pagão.
Há quem diga: Não deixe as crianças comerem doces de São Cosme e Damião! O dia de São Cosme e Damião é celebrado também pelo Candomblé, Batuque, Xangô do Nordeste, Xambá e pelos centros de Umbanda onde são associados aos ibejis, gêmeos amigos das crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas.
São Cosme e Damião são associados pela umbanda com os orixás-crianças, Ibjis e Erês, filhos gêmeos de Iemanjá, segundo as lendas da tradição pagã africana yoruba. Isso mostra a superficialidade e o baixo nível do sincretismo religioso. Entre tribos africanas, estes orixás-crianças atenderiam os pedidos de uma pessoa em troca de doces. Daí a origem dos chamados “docinhos de São Cosme e São Damião”.
Portanto, se a tradição não tem origem católica, mas pagã, não deve ser praticada nem divulgada pelos fiéis católicos, mas antes combatida. Ainda mais por se tratar de uma prática mascarada com um verniz de catolicidade, pela associação de santos católicos a uma tradição pagã, o que só visa enganar as pessoas mais simples. A menos que fosse ressignificada com algum sentido cristão, como muitas tradições pagãs foram ressignificadas.
Há pessoas que levam tais doces para certos rituais para depois distribuir tais doces “consagrados”; outras simplesmente distribuem por distribuir.
Mas e se alguém comer um doce ofececido em algum local, centro de seita afro? Faz mal? Vejamos o que nos diz a Sagrada Escritura: I Cor 8, 1-8.
- Quanto às carnes oferecidas aos ídolos, somos esclarecidos, possuímos todos a ciência… Porém, a ciência incha, a caridade constrói. 2. Se alguém pensa que sabe alguma coisa, ainda não conhece nada como convém conhecer. 3. Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele. 4. Assim, pois, quanto ao comer das carnes imoladas aos ídolos, sabemos que não existem realmente ídolos no mundo e que não há outro Deus, senão um só. 5. Pretende-se, é verdade, que existam outros deuses, quer no céu quer na terra (e há um bom número desses deuses e senhores). 6. Mas, para nós, há um só Deus, o Pai, do qual procedem todas as coisas e para o qual existimos, e um só Senhor, Jesus Cristo, por quem todas as coisas existem e nós também. 7. Todavia, nem todos têm esse conhecimento. Alguns, habituados ao modo antigo de considerar o ídolo, comem a carne como sacrificada ao ídolo; e sua consciência, por ser débil, se mancha. 8. Não é, entretanto, a comida que nos torna agradáveis a Deus: comendo, não ganhamos nada; e não comendo, nada perdemos
Uma pessoa que os come sabendo da prática supersticiosa, crendo nela, peca. Mas, uma pessoa que não saiba dessas coisas, ou que não saiba que se trata de um doce de “São Cosme e São Damião”, não peca, pois o pecado exige o conhecimento por parte daquele que peca. São Cosme e São Damião não foram comedores de doces, mas derramadores de sangue por Nosso Senhor Jesus Cristo! Ter devoção a eles não é dar doce mas serem testemunhos vivos do Evangelho. Mas o católico superficial prefere os docinhos do que o compromisso da fé.
Texto extraído do Facebook do Padre João Jefferson Chagas.