Os fiéis católicos agora precisam comprovar vacinação completa ou teste negativo para a Covid-19 nas missas com mais de 300 pessoas em Pernambuco. A medida foi anunciada por meio de um decreto do governador do estado, Paulo Câmara (PSB), e já está em vigor.
Católicos precisam provar vacina em missas com mais de 300 pessoas em Pernambuco
De acordo com o Decreto nº 51.460, “celebrações religiosas com mais de 300 (trezentas) pessoas devem observar os limites de capacidade do ambiente e número máximo de pessoas estabelecidos em Portaria Conjunta da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que também disciplinará a exigência da apresentação dos comprovantes do esquema vacinal completo e/ou dos resultados negativos dos testes para a Covid 19”.
O documento diz ainda que fica permitida “em todos os municípios do Estado, a realização de celebrações religiosas presenciais, sem aglomeração, em igrejas, templos e demais locais de culto podem ocorrer das 5h à 1h, em qualquer dia da semana”.
Nesta terça-feira (28), o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que a decisão “terá pouco impacto” nas comunidades eclesiais e incentivou todos a seguirem as orientações
“Lido o decreto, chegamos à conclusão que pouca coisa muda em nossas comunidades eclesiais. Apenas nas celebrações com mais de 300 pessoas será exigido o comprovante da vacinação e nós somos favoráveis à vacinação. Entendemos que é um bem para a sociedade”, ressaltou Dom Fernando.
Os bispos da província de Pernambuco com os quais se reuniu no dia anterior viram “essa exigência como um bem para todos nós para evitar o contágio”, disse ele. “Portanto, peço às comunidades católicas que procurem seguir essa orientação, porque de fato é um bem para todos nós”.
Vacina necessária no Vaticano
A partir de 1º de outubro, fieis e turistas precisarão apresentar a comprovação da vacinação completa contra a Covid-19 (conhecida como Green Pass) para entrar no Vaticano. A medida foi emitida pela Pontifícia Comissão do Estado da Cidade do Vaticano por meio de uma portaria na semana passada.
A exceção se dá apenas para pessoas que participarem estritamente de celebrações eucarísticas, “durante o período estritamente necessário para o desenvolvimento do rito, sem prejuízo das prescrições sanitárias em vigor em matéria de afastamento, utilização de dispositivos de proteção individual, limitação da circulação e da acumulação de pessoas e adoção de regras de higiene específicas”.
Em dezembro de 2020, a Congregação da Doutrina da Fé da Santa Sé declarou que a vacinação não é uma “obrigação moral”, por isso cada fiel deve ficar livre para tomar suas próprias decisões.