De acordo com o portal de notícias AsiaNews, o padre Liu Maochun, de 46 anos, da Diocese de Mindong (Fujian), foi apreendido pelo Escritório de Assuntos Religiosos durante 17 dias por não querer integrar a Associação Patriótica Católica da China (Igreja Independente), que é submetida ao Partido Comunista Chinês (PCC). O sacerdote não é reconhecido pelo governo por ser membro da Igreja Católica “Clandestina”, que é fiel a Roma.

No dia 1 de setembro, o Pe. Liu saía do hospital, onde tinha ido visitar doentes, quando, perto das 18h30, um grupo de pessoas enviadas pelo Escritório de Assuntos Religiosos o prendeu e o levou para um local desconhecido.

Pe. Liu tem dois pais idosos, seu pai tem 86 anos e sua mãe, 70; que precisam do auxílio do sacerdote. Apesar dos esforços da família para encontrá-lo, as autoridades apenas informaram que ele estava sob tutela do governo.

Felizmente, no dia 18 de setembro ele foi libertado e conseguiu voltar para casa.

Perseguição constante

De acordo com uma pesquisa, ao menos 20 padres já se recusaram a integrar a Igreja Independente, apesar da grande pressão e ameças sofridas pelo governo. Mesmo só tendo sido preso agora, o Pe. Liu já vinha sendo pressionado pelas autoridades para integrar a outra igreja.

Tentativas semelhantes também foram feitas ao bispo de Mindong, Mons. Vincenzo Guo Xijin, considerado uma das “vítimas” do acordo sino-vaticano que foi assinado há dois anos e que expirará nos próximos dias.

Após a excomunhão do bispo oficial Vincenzo Zhan Silu, a pedido do Papa Francisco, Mons. Guo concordou em ser nomeado bispo auxiliar, para que Mons. Zhan ocupasse a posição.

Mas por não se filiar à Igreja Independente, Mons. Guo não foi reconhecido pelo governo. Para pressioná-lo, as autoridades tentaram expulsá-lo do cargo, mas devido à má repercussão internacional que isso poderia gerar, ele foi mantido. O governo então mandou cortar a água e a energia da casa do bispo.

Rezemos pela Igreja perseguida na China!

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