Padre Fortea explica porquê o conflito na Ucrânia não é "a guerra do fim do mundo"
A invasão da Ucrânia pela Rússia alimentou todos os tipos de conjecturas escatológicas que levaram muitos fiéis a se perguntarem se a guerra é um sinal de tempos apocalípticos.
Juntando essas e outras dúvidas, o famoso padre exorcista José Antonio Fortea fez um vídeo ao vivo pelo YouTube por meio do qual respondeu as dúvidas de muitos seguidores.
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Padre Fortea explica porquê o conflito na Ucrânia não é “a guerra do fim do mundo”
A questão colocada ao Padre Fortea era se esta guerra na Ucrânia é o início da Guerra de Gog e Magog, interpretada em termos apocalípticos como o ataque dos inimigos da Igreja. Além disso, ele foi perguntado se o Anticristo se revelaria logo.
“Não, eu não acho que esta é a Guerra de Gog e Magog. Por quê? Bem, porque a Guerra de Gog e Magog no Apocalipse ocorre depois do milênio do reinado de Cristo“, começa dizendo o padre.
E continua: “Há um tempo misterioso no Apocalipse, que é depois das Sete Taças da Ira, o diabo está acorrentado por mil anos. E então ele será libertado, solto, por um tempo. E finalmente virá a Guerra de Gog e Magog, e então virá a Parusia. Então virá o juízo final e a ressurreição dos mortos“.
“Esta não é a Guerra de Gog e Magog, não é. Porque para ser (…) as Sete Taças da Ira já teriam que ter caído, as Sete Trombetas teriam que ter soado”.
Em relação à pergunta sobre o Anticristo, Padre Fortea acredita que, embora “certamente Putin seja uma pessoa que cerceou aquele dom que Deus deu a todos os homens, a liberdade. (…) Ele é um pequeno anticristo, mas não é o anticristo final”.
Por fim, o padre diz esperar que o vídeo tranquilize os fiéis. “É verdade que está chegando um tempo de sofrimento, mas não é que o Anticristo já esteja vencendo“.
O rei Gog e a terra de Magog são citados no livro do profeta Ezequiel, capítulo 38, e prefiguram o último assalto que terá de sofrer Israel no decorrer dos tempos. O livro de Apocalipse retoma o tema no capítulo 20, versículos de 7 a 10, mas tratando ambos como dois povos; sendo Gog apresentado ora como o executor das justiças divinas, ora como sofrendo espontaneamente as punições de Deus por causa das perversidades cometidas.