Padre Fortea sobre destruição de igrejas: "vamos viver tempos de perseguição generalizada"
Depois da triste série de igrejas queimadas no Chile, o Padre José Antonio Fortea advertiu: “vamos viver tempos de perseguição generalizada”.
No dia 20 de outubro, dois dias depois dos ataques que sacudiram Santiago do Chile, o padre Fortea escreveu em seu blog um artigo em que alerta sobre o clima anticatólico que brota nas sociedades.
A advertência do Padre Fortea sobre a próxima perseguição
“As imagens das igrejas queimadas no Chile (com a desculpa de reivindicações sociais), os ataques à imagens em templos católicos nos Estados Unidos (com a desculpa do Black Lives Matter), as Femen que sobem aos altares, as pichações de ódio nas paróquias da Espanha… Sim, não há nenhuma dúvida de que as séries de televisão, as novelas e o cinema semearam estes sentimentos à Igreja Católica”.
Segundo o Padre Fortea, “nos últimos vinte anos, esta semeadura de ódio não esteve tão a cargo dos partidos políticos como da elite que tinha o domínio sobre os meios de comunicação”.
“O anticatolicismo agressivo existe em uma parte da população de muitos países, graças ao que disse: séries, novelas, filmes, documentários”, comenta o sacerdote.
É assim que se explica este clima de perseguição que a Igreja Católica está vivendo em vários países. E, na sua opinião, falta muito pouco para que este sentimento se transforme em medidas políticas.
“Não tenho a menor dúvida de que esta mentalidade passará a formar parte das demandas de algum partido político em algum país. E que estas medidas anticatólicas se estenderão a outras nações, porque o terreno está preparado”.
O demônio está por trás disso?
“Alguns culpam o diabo por esses ataques. Eles estão certos em que o Maligno é um semeador de joio. Mas não esqueçamos que ele apenas encoraja, tenta”, diz o Padre Fortea.
No entanto, “esta agressividade é o resultado de uma semente humana. Foi semeado muito ódio de forma intencional. Os semeadores do ódio levam muito tempo trabalhando”.
“Há séculos foram os maçons, depois foram os marxistas. Agora creio que não haja nenhuma conjectura secreta que trabalha na escuridão”, comenta José António Fortea.
“O que vemos agora é o resultado da agressividade semeada. Mas sim, nos próximos anos, grupos genericamente chamados progressistas serão cada vez mais audazes em suas petições aos congressos e tribunais”.
O cenário futuro
“O triste é que estamos enfrentando essa futura onda popular, amplamente apoiada, em democracias sem divisões efetivas dos três poderes. A maioria nos parlamentos destruirá qualquer oposição judicial ou legislativa”.
“Unamos a isso a política do governo chinês diante dos cristãos, os martírios em lugares como a Nigéria, a apostasia na Europa. E depois os horrores do ISIS. O panorama não é nada esperançoso. Se olhamos as nuvens no céu e a direção do vento, temo que infelizmente vamos viver tempos de perseguição generalizada com todas as estampas e rubricas das instituições do Estado“, conclui Pe. Fortea.