O Pe. Gabriel Vila Verde sofreu uma tentativa de assassinato na madrugada deste domingo (22). Um homem, portando um facão, gritou ameaças e tentou invadir a casa paroquial onde mora em Acupe, Bahia. A informação foi divulgada pelo próprio sacerdote em vídeo nas redes sociais nesta segunda-feira (23). Entenda o que aconteceu!

Pe. Gabriel Vila Verde sofre tentativa de assassinato: “Esta guerra é espiritual”

Pe. Gabriel conta que não queria tornar pública a situação para não atrapalhar as investigações e não causar burburinhos; mas como houve muitas testemunhas, a história acabou se tornando pública e ele preferiu explicar tudo para evitar mal entendidos e esclarecer o que de fato aconteceu.

Ele explicou que a rua da paróquia e casa paroquial ficam protegidas por portões, algo que foi permitido pela prefeitura a pedido do primeiro pároco da Matriz de Acupe, e várias vezes este morador do local o desacatou e reclamava que a rua “era pública e que aquele portão era uma coisa errada”.

“Soube que desde a época que o portão foi construído, ele já tinha arrumado confusão com o padre da época e com os moradores“. E pelo fato da rua ser de barro, causava transtornos e lamaçal com as chuvas, sendo comum até quedas de idosos e crianças.

Por ser uma rua privada, o padre pediu ajuda a um vereador para resolver a situação, e conseguiu dele material para realizar uma obra, de forma que melhorasse as suas condições, convocando moradores e paroquianos para auxiliar.

“E eu disse aos trabalhadores: façam de um jeito que não atrapalhe as outras ruas, que a água possa passar sem afetar nenhuma outra rua”. E continua: “Só que este mesmo morador, que eu não quero aqui revelar o nome, começou a ameaçar novamente, dizendo que se a rua dele ficasse empoçada, ele iria destruir tudo aquilo. E isso eu tenho provas porque vi ele falando e as pessoas que estavam presentes também foram testemunhas”.

“E eu simplesmente disse a ele: ‘não toque na obra, eu lhe aconselho a não mexer aqui’. Aí ele me desacatou, me xingou, disse que eu não mandava em nada ali, falou palavrões que eu não quero nem me lembrar, mas eu pensei que tudo tinha se acalmado”.

“Quando foi na madrugada de sábado para domingo”, explica o padre, “eu acordei às 1h40 da manhã com um barulho muito alto, eu pensava até que era uma briga na rua… Era ele, com um facão, batendo no portão xingando todos os palavrões possíveis; ‘acorde que eu vou invadir isso aqui agora, vou lhe pegar, colocar dentro do carro e botar fogo’, e isso com o facão, batendo no portão. Durante mais de trinta minutos eu tive que conviver com essa sensação de pânico, de pavor…

Pe. Gabriel então tentou ligar para várias pessoas, e com a ajuda de uma paroquiana, conseguiram contatar alguns moradores, que foram à casa paroquial proteger o padre, enquanto isso, a polícia também foi acionada.

“Quando os policiais chegaram ele já estava escondido dentro de casa, já tinha parado de fazer o barulho, ele percebeu o movimento. Ele foi levado para a delegacia e eu fui também para prestar queixa”. Após fazer o boletim de ocorrência, o sacerdote voltou rapidamente para casa para celebrar a missa dominical na paróquia.

“E desde então eu não sei o que aconteceu com este rapaz, se ele foi preso ou solto (…) A princípio, a polícia disse que não tinha como prendê-lo naquele momento, mas que deveria fazer o processo como manda a lei”, explicou.

Pe. Gabriel, então, temendo por sua vida, decidiu deixar Acupe por ora. “Eu celebrei a missa, saí da paróquia e estou na casa de uma pessoa amiga, resguardado”. E aproveitou para tranquilizar a todos: “Não se preocupem, já estou fora da zona de perigo. Mas tive que sair porque não poderia colocar minha vida em risco… Meu bispo também já está sabendo de tudo e me aconselhou a ficar resguardado até que tudo se resolvesse”.

“Estamos procurando o caminho legal para que tudo se resolva”.

Peço que vocês rezem por mim. Terço na mão e iremos vencer esta batalha com a força de Deus e da Virgem Maria. Estou protegido pelos anjos do Senhor, não tenho a menor dúvida disso”.

Ele informou ainda que os paroquianos estão revoltados com o fato do pároco precisar se afastar por causa de um atentado e estão organizando um protesto. E agradeceu todas as mensagens de carinho, apoio e orações que tem recebido a todo instante.

“Eu tenho certeza que essa guerra é espiritual, por tudo o que está acontecendo”, e explicou que em 1º de setembro aconteceria a inauguração da nova fachada da igreja com a presença do bispo e também a festa da Padroeira. “E tudo isso aumenta a fúria do demônio contra o sacerdote”.

“Mas estou bem, seguro no coração de Maria. E que o bem prevaleça”, finalizou.

Clique aqui para ver o vídeo postado pelo padre

Rezemos pelo Pe. Gabriel Vila Verde e por todos os sacerdotes!

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