No dia 6 de julho celebramos a memória de Santa Maria Goretti, conhecida como “a pequena e doce mártir da pureza”. Você conhece a história dela?
A padroeira das Virgens Cristãs
Nascida em 1890, em uma família humilde de setes filhos na Itália, Maria Goretti foi criada segundo os preceitos de Cristo e precisou desde cedo cuidar dos irmãos menores. Diante de uma grande dificuldade financeira, todos tiveram que se mudar para o vilarejo de Ferrieri e passaram a morar na propriedade de João Sereneli.
Um dos filhos de Sereneli, Alexandre, se encantou por Maria, que apesar da pouca idade, era muito bonita, mas constantemente o rejeitava. No dia 5 de julho de 1902, Alexandre tentou abusá-la mas, como Maria resistisse, ele, num acesso de raiva, a acertou com várias pauladas.
Maria Goretti morreu no dia seguinte, a 6 de julho, tendo antes perdoado o seu agressor. Alexandre passou vinte e sete anos preso e viveu uma sincera conversão, ingressando em um convento capuchinho, onde viveu até morrer.
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Ela foi canonizada em 1950 pelo Papa Pio XII, em celebração que contou com a presença de sua mãe e de seu assassino, Alexandre Sereneli.
A mensagem de São João Paulo II no Centenário de morte de Maria Goretti
Em 6 de julho de 2002, o então Papa João Paulo II escreveu uma carta falando do belíssimo testemunho da adolescente e como ela pode ser uma luz para tempos tão turbulentos que vivemos hoje, principalmente para os jovens.
“A mentalidade liberal, que penetra uma boa parte da sociedade e da cultura do nosso tempo, às vezes tem dificuldade de compreender a beleza e o valor da castidade“, comentou o pontífice.
E continuou: “Diante de uma cultura que sobrestima o aspecto físico nos relacionamentos entre o homem e a mulher, a Igreja continua a defender e a promover o valor da sexualidade como fator que investe todos os aspectos da pessoa e que, por conseguinte, deve ser vivido numa atitude interior de liberdade e de respeito recíproco, à luz do desígnio originário de Deus”.
Por isso, o Papa considera Santa Maria Goretti um exemplo para os jovens, os quais considera “a esperança da Igreja e da humanidade”, principalmente como auxílio nesta árdua tarefa de se decidir por Deus e seguí-Lo todos os dias.
“Todavia, ao longo deste caminho os jovens sabem que não estão sozinhos. Santa Maria Goretti e os numerosos adolescentes, que ao longo dos séculos pagaram com o martírio a adesão ao Evangelho, estão ao seu lado a fim de lhes infundir na alma a força para permanecer firmes na fidelidade”.