[Filme] Invencível: Uma história de fé e superação
A ideia da nossa Crítica Católica de Filme não é analisar de forma técnica e profissional, nem só falar de boas produções, mas também comentar sobre as que não têm muito a acrescentar (ou que podem até prejudicar) a nossa fé. Não queremos oferecer respostas prontas, e sim reflexões que te ajudem a buscar a santidade até na hora da diversão! Vamos nessa?
Sinopse: O drama retrata a história real do atleta olímpico Louis “Louie” Zamperini (Jack O’Connell), que sofre um acidente de avião e cai em alto mar. Ele luta durante 47 dias para reencontrar a terra firme e quando consegue é capturado pelos japoneses em plena Segunda Guerra Mundial.
Não somente a obra traz uma grande espiritualidade, mas também todo o seu contexto. Fez até com que a diretora Angelina Jolie se encontrasse com o Papa Francisco, por causa dele.
Em nota, ela afirmou: “Foi uma honra ter sido convidada ao Vaticano por causa do meu filme, além disso, também é um tributo à história que conto, ‘Unbroken’ (Invencível), que fala de um herói, Louie, um grande exemplo da força do perdão”.
O Filme:
Louie, desde criança, se viu dentro de uma família religiosa, ia à Igreja e ouvia a palavra de Deus, mas nunca tomou aquilo para si. Para ele, rezar era apenas algo que sua mãe fazia. Até o momento em que ele precisou de Deus.
Todos devem conhecer alguém que se diz de tal religião ou afirma crer em Deus, mas não vive de acordo com os preceitos de Cristo, e quando em meio à dificuldade, se “converte” em segundos para sair da situação difícil.
Pode ter sido isso que fez Louie Zamperini pedir auxílio a Deus; ou ele simplesmente achou que rezar naquele momento era o que sua mãe faria. Então o fez. O fato é que o calvário enfrentado por ele dificilmente seria suportável, a menos que tivesse fé. Mesmo que implícita, a fé dele estava lá.
A passagem de Mc 8,34 pode fazer um paralelo muito forte com a cena mais emblemática do filme: “Se alguém quer me seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. Zamperini não podia se dar ao luxo de escolher uma cruz leve e pequena para levar, ele fora designado àquela que poderia carregar, mesmo não acreditando que podia.
E a inspiração do personagem foi tanta que até a diretora Angelina Jolie se viu comovida. Muitos dizem que ela é ateia, ou simplesmente não é adepta a nenhuma religião. Porém, uma coisa é certa: ela se sentiu tocada por Ele.
A filha de Louie, Cynthia Garris, contou em uma entrevista um fato curioso que ocorreu nas gravações: “Angelina nunca foi uma pessoa de fé, mas ela se encontrou na última cena do filme. Eles precisavam de sol para gravar essa cena super importante e estava havendo uma tempestade há algum tempo. Ela disse ‘eu não sei o que estou fazendo então vou fazer o que Louie faria’. Ela ficou de joelhos e rezou por um milagre… todo mundo viu. A chuva parou. O sol apareceu, um arco-íris apareceu e ela disse ‘vamos gravar’, e eles gravaram.
Quando ela disse ‘corta’ voltou a chover”. O momento extraordinário, segundo a filha de Louie, foi um testemunho da fé do pai e a habilidade da história de causar impacto até mesmo nas pessoas menos religiosas.
A pedido de Zamperini, o filme não abordou com ênfase a sua conversão para que a mensagem fosse universal e atingisse a todos, mas ela pode ser lida no livro que deu origem ao filme, Unbroken: A World War II Story of Survival, Resilience, and Redemption, de Laura Hillenbrand. Ainda sim, a história é sobre perdoar; uma das atitudes mais cristãs que uma pessoa pode ter.