Basta pensar no fim do ano que logo vem à memória os enfeites de Natal: a árvore e, é claro, o presépio.
De acordo com o Missionário Redentorista, Pe. Idemar Costa, a Igreja recomenda que o presépio esteja pronto no primeiro fim de semana do Advento. “A proposta é ajudar toda a comunidade cristã a já criar um clima da celebração do Natal do Senhor que se aproxima”, disse.
O presépio é uma montagem com várias peças que retratam o momento do nascimento de Jesus. Nele, são apresentados o local e os personagens bíblicos que participaram daquele dia. “Nós temos José, Maria e Jesus, elementos primordiais; as figuras dos Reis Magos, que são representantes da humanidade inteira nesse período do nascimento de Jesus. Além desses personagens, temos também a figura dos pastores, que formam, dentro da humanidade e do grupo israelita, um dos grupos minoritários, mais sofridos e talvez mais ultrajados na sua condição enquanto pessoa humana”, explicou Pe. Idemar.
A história conta que o primeiro presépio foi montado no século XIII, por São Francisco de Assis. Pe. Idemar relatou que ele teria feito tudo em argila para contar às pessoas como foi o nascimento de Jesus: “A intenção de Francisco era mostrar a realidade humana na qual Jesus nascera, na humildade, na simplicidade, na generosidade, mostrando-se afável, sobretudo aos pequenos, aos pobres. Francisco nos ensina, mais uma vez, que Deus é um Deus que olha com carinho para humanidade inteira sem fazer exclusão de ninguém, mas que tem um apreço, um olhar carinhoso para com o pequeno pobre”.
Daquela época em diante, montar presépio na época do Natal se tornou uma tradição na Europa e mais tarde passou para o resto do mundo. Por representar a simplicidade, o presépio não deve ser muito sofisticado com tantas luzes e enfeites. Quanto mais simples for, mais ele se aproxima da realidade de Jesus. “O presépio não deve demonstrar nenhuma situação de glamour, de grandeza, nem de luxo, porque não é essa a realidade humana na qual Cristo nasce. Ele nasceu na estribaria, diríamos, no curral, em meio aos animais, numa realidade bem difícil. Quanto mais simples o presépio, mais nos aproximamos da realidade do Cristo”, concluiu Pe. Idemar.
Publicado originalmente em Pai Eterno.