Nesta segunda-feira (14), circulou um boato sobre um possível encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o Papa Francisco.
No entanto, fontes do Vaticano confirmaram à Catholic News Agency que não há encontro agendado com o Santo Padre.
A mesma fonte confirmou ao portal de notícias que a comitiva do presidente havia originalmente solicitado que Biden participasse da missa com o papa no início da manhã.
Mas a proposta foi rejeitada pelo Vaticano após considerar o impacto que teria se Biden recebesse a Sagrada Comunhão do Papa na véspera das discussões que a Conferência dos Bispos dos Estados Unidos planeja ter durante a reunião que começa quarta-feira, 16 de junho.
Espera-se que os bispos dos Estados Unidos votem sobre a criação de um comitê para redigir um documento sobre a coerência eucarística.
O problema de Joe Biden sobre a comunhão pública surge porque o presidente dos Estados Unidos demonstrou publicamente seu apoio ao aborto.
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O presidente Joe Biden está atualmente na Europa com o objetivo de realizar várias reuniões de alto nível. Isso lhe deu uma potencial oportunidade de se encontrar com o Papa Francisco. No entanto, tal encontro não ocorrerá neste contexto.
O Papa Francisco e Biden se encontraram duas vezes. Em 2015, quando o Papa visitou os Estados Unidos para participar do Encontro Mundial das Famílias na Filadélfia. E em 2016 Biden foi ao Vaticano para uma cúpula sobre medicina regenerativa.
Joe Biden e a fé católica
Durante a campanha eleitoral, Joe Biden fez questão de dizer que era um “católico devoto” e que suas políticas seriam baseadas no ensinamento católico. Em um vídeo, ele chegou a dizer “tenho a grande vantagem da minha fé, a doutrina social católica e meus pontos de vista políticos coincidem”.
Porém ao assumir a presidência, o que fez foi o oposto. Ainda no primeiro mês de mandato, Biden oficializou a saída do país da aliança mundial contra o aborto. Ele assinou uma ordem executiva revogando a política da Cidade do México, reimplementada pelo ex-presidente Donald Trump, e também permitiu que EUA voltem a financiar organizações abortistas fora do país.
Na ocasião, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) enviou uma mensagem a Biden ressaltando a importância de lutar a favor da vida.
A mensagem, assinada pelo presidente Dom José Gomez, dizia que“para os bispos da nação, a contínua injustiça do aborto continua sendo a ‘prioridade preeminente’. Embora preeminente, não significa ‘única’. Temos uma preocupação profunda com as muitas ameaças à vida e à dignidade humanas em nossa sociedade”.
Em 2019, também o padre Robert Morey negou a comunhão para o então candidato à Presidência, Joe Biden, por sua posição favorável ao aborto.
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Com informações da Catholic News Agency.