O senador do estado norte-americano do Novo México, Joe Cervantes, anunciou em suas redes sociais que seu bispo negou-lhe a comunhão.
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O senador Cervantes disse em um tweet que o bispo de Las Cruces, Novo México, Peter Baldacchino, negou-lhe a comunhão “com base no meu cargo político”.
Aqui está o que ele escreveu: “A comunhão me foi negada ontem à noite pelo bispo católico aqui em Las Cruces e com base no meu cargo político. Meu novo pároco indicou que fará o mesmo depois do último ter sido expulso. Por favor, rezem pelas autoridades da Igreja diante das transições católicas sob o Papa Francisco”.
A Diocese de Las Cruces disse à Catholic News Agency que a Diocese advertiu Joe Cervantes várias vezes antes da negação.
O diretor de comunicações Christopher Velasquez disse que o “pastor e o ordinário local” de Cervantes tentou “contatá-lo várias vezes” para informá-lo que ele não deveria se aproximar da comunhão após co-patrocinar e votar a favor de um recente projeto de lei pró-aborto no Senado.
“Isso não aconteceu de repente”, afirmou o porta-voz. “Como Diocese, lamentamos a decisão do senador Cervantes de politizar esta questão”.
O novo projeto de lei do Novo México (Senate Bill 10) anula a criminalização do aborto, vigente desde 1969.
Christopher acrescentou que o bispo Baldacchino também tentou entrar em contato com o político em particular para tratar sobre o assunto. “[Cervantes] foi contatado várias vezes antes, informando-o de que, se votasse no Projeto de Lei 10 do Senado, não deveria se apresentar para a comunhão“.
E disse também que a negação “não tem nada a ver com seu cargo ou política – tem a ver com o projeto de lei 10 do Senado… com esse projeto em particular, por causa do que ele acarreta”.
O que diz a Igreja Católica sobre o aborto:
“A vida humana deve ser respeitada e protegida, de modo absoluto, a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento da sua existência, devem ser reconhecidos a todo o ser humano os direitos da pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo o ser inocente à vida”. (Catecismo da Igreja Católica, 2270)
“A Igreja afirmou, desde o século I, a malícia moral de todo o aborto provocado. E esta doutrina não mudou. Continua invariável. O aborto direto, isto é, querido como fim ou como meio, é gravemente contrário à lei moral”. (Catecismo da Igreja Católica, 2271)