A Igreja Católica e a Inteligência Artificial (IA) podem coexistir? Em um episódio recente do The Catholic Talk Show, Ryan Scheel e Ryan Dellacrosse discutem como a interseção de fé e inteligência artificial apresenta desafios e oportunidades únicas para a Igreja Católica com Thaddeus Ruszkowski.
Ruszkowski investigou a responsabilidade da Igreja de moldar as implicações éticas e morais dos chatbots de Inteligência Artificial como o ChatGPT.
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Catolicismo e tecnologia: o papel da Igreja em tempos de Inteligência Artificial
Enfatizando a distinção entre humanos e IA, ele disse: “A beleza disso é que, como criadores, somos inspirados a criar coisas… O ChatGPT nunca vai se inspirar. Uma diferenciação aí é que vemos o ChatGPT como uma ferramenta, como um martelo”.
Ele explicou que a Igreja pode usar a Inteligência Artificial como uma ferramenta poderosa para evangelização, cuidado pastoral, educação e administração sem considerá-la um substituto para essas coisas.
À medida que a IA avança rapidamente, também surgem preocupações sobre possíveis consequências negativas, como uso indevido para fins nefastos, obsolescência do trabalho humano e exacerbação da desigualdade social.
Ruszkowski explicou que a Igreja tem um papel crucial em enfrentar esses desafios éticos e garantir que a Inteligência Artificial sirva ao bem comum, em vez de causar danos. Isso remonta para os escritos do Papa Bento XVI sobre a tecnologia e o uso responsável da nova liberdade.
“A tecnologia é neutra… é a implementação e é a forma como as pessoas, infelizmente, muitas vezes, em seus corações corrompidos, usam a tecnologia para ver como podem subjugar ou explorar outras pessoas para seu próprio benefício.”
A responsabilidade da Igreja é atuar como uma bússola moral, ajudando a sociedade a navegar no complexo cenário da Inteligência Artificial.
Para aproveitar o potencial da IA e minimizar seus riscos, a Igreja deve enfatizar a importância de descentralizar a tecnologia de IA e promover seu uso ético.
“É por isso que isso deve ser um pouco descentralizado, e é muito perigoso que esse tipo de tecnologia e a possível inevitabilidade de onde ela está indo esteja nas mãos de muito poucas pessoas e por que a Igreja realmente precisa ser capaz de colocar ética nisso.”
Ao adotar a Inteligência Artificial de forma responsável e ética, a Igreja tem o potencial de enriquecer sua missão e se conectar com as pessoas de maneiras inovadoras.
“Muito da nossa tecnologia foi usada para permitir as pessoas terem esses encontros mais significativos, em vez de fazer todas essas coisas de desktop.”
Ao fazer isso, a Igreja pode garantir um futuro em que a tecnologia esteja a serviço do bem comum, ampliando o impacto positivo de nossa fé no mundo!
Aqui está o vídeo completo (em inglês):
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