Em entrevista coletiva durante o vôo de volta a Roma, o Papa Francisco afirmou, nesta quarta-feira (15), que o casamento é um sacramento entre um homem e uma mulher, e que a Igreja não tem poder para mudá-lo.
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“O casamento como sacramento é entre homem e mulher”, diz Papa Francisco
Durante a sessão de perguntas, o jornalista italiano Stefano Maria Paci perguntou ao Papa Francisco qual era sua posição sobre a resolução do Parlamento Europeu que pede aos países membros que reconheçam os “casamentos” homossexuais.
Ao responder a esta pergunta, o Santo Padre expressou que “falei claramente sobre isso: o casamento é um sacramento. O casamento é um sacramento e a Igreja não tem o poder de mudar os sacramentos, como o Senhor instituiu, certo?”.
Em seguida, afirmou que “estas são leis que procuram ajudar a situação de muitas pessoas com diferentes orientações sexuais, e é importante ajudar essas pessoas, mas sem impor coisas que, por sua natureza, não entram na Igreja”.
“Mas se quiserem viver juntos como casal homossexual, os Estados têm a possibilidade de ampará-los civilmente, de dar-lhes herança e segurança sanitária. Os franceses têm uma lei a esse respeito não só para os homossexuais, mas para todas as pessoas que se associam”, acrescentou.
No entanto, ele esclareceu que “casamento é casamento. Isso não significa condenar pessoas assim, não, por favor, são nossos irmãos e devemos acompanhá-los. Mas, o casamento como sacramento é claro, é claro”.
“Mas tem leis civis que… Por exemplo, três viúvas que querem se associar, numa lei para ter serviço de saúde, para ter a herança entre elas, essas coisas estão feitas, acho que é o PAC francês (Pacto Civil de Solidariedade), essa lei não tem nada a ver com casais homossexuais. Então casais homossexuais podem usá-la? Podem usá-la. Mas o casamento como sacramento é homem-mulher“, enfatizou.
“Às vezes o que eu digo cria confusão; todos são iguais, todos devem ser respeitados, o Senhor é bom e salvará a todos… O Senhor quer que todos sejam salvos, mas, por favor, não faça a Igreja negar a sua verdade“, insistiu o Papa Francisco.