Joe Biden é batizado na Igreja Católica e durante a campanha presidencial, ele insistiu que sua política pessoal mantêm-se alinhada com o ensinamento católico. Mas será que é mesmo?

Em um vídeo, ele afirmou: “Olha, tenho a grande vantagem da minha fé, a doutrina social católica e meus pontos de vista políticos coincidem”.

No entanto, estas afirmações contrastam com sua postura de apoio ao aborto financiado pelo Estado, sua oposição a várias proteções legais para a liberdade religiosa e sua posição favorável à ideologia de gênero.

A questão do aborto

A plataforma do Partido Democrata respalda o “direito ao aborto” financiado pelos contribuintes durante toda a gravidez e pede especificamente a revogação da emenda Hyde, que proíbe o uso de fundos dos contribuintes para abortos eletivos.

Por algum tempo em sua carreira política, Joe Biden apoiou a emenda Hyde, mas mudou de ideia recentemente. Sua vice, Kamala Harris, pode ter tido um papel fundamental para esta mudança de ideia.

Ideologia de gênero e liberdade religiosa

Joe Biden afirmou que se eleito, assinaria a “Lei de igualdade” nos primeiros 100 dias do seu governo. Esta lei acrescentaria proteções contra a discriminação por orientação sexual e identidade sexual e de gênero às proteções existentes por etnia, cor, nacionalidade, sexo, incapacidade e religião.

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Segundo informou o Catholic News Agency, vários críticos ressaltaram que os conceitos de orientação sexual e identidade de gênero do projeto de lei são muito amplos. Isto significa que penalizariam o reconhecimento apropriado da diferença entre os sexos ou as diferenças entre casais heterossexuais casadas e outras duplas.

A Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos, por sua vez, alertou que esta lei não “reconhece a diferença entre a pessoa, que tem a dignidade e tem direito ao reconhecimento dela, e as ações de uma pessoa, que tem ramificações éticas e sociais. Combinar os dois iniciará uma série de complicações legais adicionais“.

Por último, Joe Biden expressou por inúmeras ocasiões que revogaria as isenções de liberdade religiosa ao chamado mandato anticonceptivo. Estas isenções foram um alívio para as organizações católicas como as Irmãs dos Pobres, que foram obrigadas a oferecer medicamentos contraceptivos e abortivos a seus empregados.

Rezemos pelos Estados Unidos!

Este artigo foi adaptado do Catholic News Agency.

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